Você, Esfinge.
Figura Insigne
Que me esgrime
Você que finge,
Ígnea,
Que não me vê
Quando me olha.
Me enxerga de soslaio,
Por baixo,
Qual Édipo ao topar
Com seu pai Laio
Numa ponte.
Decifro teu enigma
Antes que me devore:
Teu segredo, agora,
Devasso e
Desarvoro.
Que tipo de coração
Sob tua máscara?
Por qual perfil
Ele aspira?
Você é o mistério
Do denguinho
De mimada menininha
Desprotegida
Que gosta de pimentinha
Pedindo o meu colo,
Com muitos picles
E gostosos chistes
Pra se sentir
Melhor viva
E boa companhia.
DesconSOLada
DeSOLada,
SOLita,
À busca de
Meus conSOLo
CRUZa o meu caminho
E eu te como com os olhos.
Me é impossível
Não fazê-lo!
Você sempre
Nas enCRUZilhadas
Não me pega
Mas também
Não me larga.
Eis a síntese
Da tua psicanálise
Por mim ensaiada,
Depois de um ano
De meditada:
Você quer Fogo,
E eu quero Paz.
Você não aceita
Que a melhor Pimenta
É o meloso e doce!
Tá feito o enrosco!
Que concluiremos?
©®™ Gabriel da Fonseca.
Às Amigas Reais e Virtuais.
Série Psicanálise e Erhostika.
Ctba., 19/10/07, 15h00, sob um SOL cálido, descendo à Rau 13 de Maio, no Lago da Ordem.
Gabriel da Fonseca
Publicado no Recanto das Letras em 28/05/2008
Código do texto: T1008684
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