Calafrio
E eu continuo a te jurar amor eterno;
Bem doce e terno faço a jura carinhosa;
Sempre amorosa, a carícia chega junto,
Num só conjunto de quem é apaixonado.
E, lado a lado, a vida fica sempre bela;
Roubamos dela o que ela tem de mais bonito;
Sinto-me aflito ao pensar em despedida,
Que o fim da vida nos trará, sei lá que dia.
Como eu queria que o adeus jamais chegasse
E a minha face não tivesse a dor da ausência;
Já que a carência mata aos poucos, dói bem fundo,
Fazendo o mundo transformar-se num vazio.
Num calafrio, sinto um medo tão intenso,
Pois quando eu penso em te perder eu fico louco;
Se resta pouco para nós, cá nesta vida;
Minha querida! Eu te amarei eternamente.
Sidnei Brasil
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