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Cartas-->A Vestal -- 13/09/2003 - 07:43 (Winner) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Vestal

Héstia, para os romanos Vesta, é a deusa que permaneceu virgem, afastando todos os pretendentes que se interessaram por ela, entre eles Apolo e Netuno. Filha da Terra e do Tempo (Geia e Saturno), Vesta foi contemplada por seu pai, por causa desse comportamento, com a maior honra, que era proteger a família, os seus deuses da raiz tribal e os daimones (espíritos ou gênios) do clã. Mais tarde, Vesta ajudou Júpiter a tomar o poder no Olimpo, destronando seu pai Saturno.

Vesta se tornou assim a guardiã do fogo, que na época antiga não era tão simples e abundante de se conseguir e representava o calor que aquece a família, quando o inverno vem e também a luz emanada dos antepassados e da tradição familiar - muito respeitada pelos povos antigos.

Esses antepassados (Penates e Lares) também eram venerados pelas famílias e pelas cidades gregas e depois romanas. Vesta como protetora do lar foi cultuada por muito tempo e a devoção à deusa permaneceu firme até mesmo depois que o cristianismo foi eleito religião oficial – caso semelhante ao que ocorreu com a deusa Ceres (Demeter).

A tal ponto sua relação com o fogo era íntima que a héstia koiné era o lugar da casa grega em que ficava a lareira, que fazia às vezes de fogão também. Deusa venerada nas famílias, Vesta protegia a castidade das esposas. Seu culto remota à Ásia (diz-se que o herói troiano Enéas trouxe seu culto à Itália). Vesta é uma das divindades mais antigas e juramento feito em seu nome era considerado o mais sagrado.

A deusa era representada por uma matrona que segura um facho de luz na mão, às vezes segura também uma imagem da vitória ou uma pequena ânfora, com um burrinho ao seu lado. Outras vezes, era personificada portando uma cornucópia; em algumas medalhas e monumentos, é denominada a santa, a eterna, a antiga, a mãe.

Invocada no início e no término de sacrifícios, Vesta era cultuada antes de todos os outros deuses, pois presidia os destinos da cidade, da família e da casa.

Na maioria dos templos encontrava-se um altar a Vesta – em Delfos, Argos, Mileto, Éfeso etc. No culto a Vesta revela-se seu caráter essencial: apenas um fogo sempre aceso, que nunca deveria apagar-se. Quando o fogo se apagava, era aceso apenas quando os primeiros raios do Sol iluminavam o templo. O fogo ritual era renovado todo 1° de março.

Dedicado à deusa acontecia o festival anual, a Vestália, entre 7 e 15 de junho. O culto terminava com a limpeza ritualística do templo –a época era escolhida por ser considerada de mau augúrio– e a proteção só se tornava efetiva para a cidade e as famílias depois que o lixo era lançado no rio.

Tão importante se tornou seu culto em Roma, que um imperador chegou a construir para a deusa Vesta um templo em forma de globo, para refletir a imagem do universo, mas ao seu culto bastava apenas o fogo sagrado sempre aceso. Suas sacerdotisas eram as Vestais. O véu usado por essas sacerdotisas foi aos poucos sendo incluído na cerimônia de casamento das jovens, como símbolo de castidade, funcionando como um verdadeiro escudo protetor contra invejosos e admiradores da noiva.

As Vestais da época romana eram jovens virgens escolhidas entre as famílias de melhor reputação quando tinham entre seis e dez anos. Dedicavam-se então por 20 ou 30 anos ao serviço no templo, preparavam alimentos sagrados, limpavam o templo e os objetos do santuário. Decorrido o período de dedicação, retornavam à vida em sociedade, onde poderiam então casar-se.

A vestal que deixava o fogo se apagar era punida com crueldade e quem violasse o voto de virgindade tinha a morte como pena, algumas delas sendo enterradas vivas.

Respeitadas por todos, detinham privilégios de honra semelhantes aos altos prelados na Roma antiga. Muitas vezes, eram chamadas para aconselhamento familiar, escutando confissões e guardando segredos – até de Estado. Quando o imperador Augusto morreu, uma Vestal recebeu de suas mãos o testamento, depois levado ao Senado romano.

A sacerdotisa dedicada à Vesta cobria a cabeça com um véu de lã branca cheio de frisos, que às vezes cobria a cabeleira comprida, e andava de maneira simples, com roupas brancas e um manto púrpura. No auge do império, as vestais andavam com luxo pela cidade, carregadas nas liteiras e com um grande séquito de escravos e mulheres.

As Vestais, se tornaram sinônimo de mulheres dedicadas a uma causa, que se introvertem e abandonam outros cuidados em nome de sua missão de manter sempre acesa a tocha de uma tradição.

Fontes: Astrologia Viva (C. Carlos Heiz), História Romana (André Hor Ghunther) e Internet.
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