O amor sem fim que eu trago no meu peito,
Sublime sentimento que tu me inspiras,
Impregna esse próprio ar que tu respiras,
Sendo, dele, o componente mais perfeito.
E então, musa, tu mesma até te admiras,
Ante a ardente paixão que, com efeito,
Paira no ar, até torná-lo rarefeito,
A parecer que, em meus braços, tu levitas.
Pois, dá-se esse fenômeno, em função
Do enorme poder do nosso amor mais puro,
Que confere a tudo um toque de magia,
Qual vivêssemos num mundo de fantasia,
O nosso abrigo, esplêndido e seguro,
A envolver-nos em sonho e emoção.
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