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Poesias-->NÊNIA FRIA TARDE - Paulo Nunes Batista -- 01/02/2008 - 15:52 (m.s.cardoso xavier) |
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NÊNIA FRIA TARDE
Paulo Nunes Batista
pnbpoeta@brturbo.com.br
Na tarde fria chuvosa
Visto-me de ânimo
E me visto. Como
Ma acho (in) diferente!
Onde dorme o bem que eu me queria?
Quem me sugere fugir de espelhos?
Todos os que eu fui ressuscitam
E sofro ter de identificá-los.
Embrulho-me em mim
Anacondamente oculto
Perdido em minha sombra
Nem me distingo o vulto.
Talvez a hóstia do Tédio
Em minha boca dissolvida
Seja o único remédio
Para essa alma p (ol) uída.
A chuva que rola fora
No seu chuar sem fim
É menos fria que a que mora
E dói dentro de mim.
IN: O Vôo Inverso, 2001
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