IRRESPONSABILIDADE
A coisa que mais salta aos olhos, talvez a mais grave das doenças sociais
brasileiras é a falta de responsabilidade com as coisas, sejam públicas
ou privadas. A falta de regras claras, dignidade, respeito. A população
parece que vive o dia a dia numa guerra pór conta disso, além da má
vontade com que se trabalha no país. Em geral pelo despreparo social
o brasileiro é bastante contraproducente, só se interessa por si mesmo
e seus assuntos, fora disso ele nada sabe
e nada quer saber.
ENTRE A TERNURA E A CULPA
Marcelino Rodriguez
Sozinho em casa, afastado da família e do mundo depois da morte
da mãe olhava o computador quebrado, o telefone cortado por conta
de sua situação econômica, esperando em vão ganhar uma causa trabalhista
na justiça, sem mulher, a casa em desordem, o ano novo se aproximando,
somente a amiga virtual o ajudara, de modo que passou o reveillon
ja janela, tomando um vinho chileno e fumando um cigarro atrás do
outro.
Agora já em outro ano, deitado na cama não parava de pensar na amiga.
Era linda, mas casada. A pele branca, os cabelos loiros, os lábios
finos, a mente vivaz e aquela imagem ia crescendo dentro dele por longos
minutos. Veio o desejo. Quanto mais pensava nela, mas gostava.
Seu sexo começou a subjulgá-lo, crescendo. Institivamente, pos a mão
nele. Precisava de carinho. Não conseguindo mas resistir entregou-se
entre a culpa e a paixão. Não a imaginava nua, antes talvez a visse
com uma camisola branca; o caso dele eram os lábios. Ia com as mãos
e imaginava aqueles lábios em seu sexo, quase o podia sentir... era
a única ternura que tinha nesses dias tristes. Entregou-se para a imagem
dela e deitado sentiu o liquido de seu ser invadir-lhe os dedos; deu-se
a ela, como daria sua vida inútil. Sim, a desejava e entregara-se
ao desejo. Era tormento demais ir contra sua própria natureza
selvagem. Cinco minutos depois, dormia em paz, relaxado como nunca
antes. Longe dali uma mulher sequer sonhava que fora amada. E como
uma santa,
salvara o solitário amigo do abismo.
Direitos Reservados.
Docinho,
Esses dias fui amar-te quase em silêncio no meu canto solitário. Imaginei-me
brincando com seus pés, com seus pêlos, , te dizendo palavras de paixão,
algumas obscenas e depois do extase fiquei imaginando
Voce me olhando e acarinhando seu tigrinho levado. Sim, docinho,
eu adoro brincar com Voce, minha boneca Loura! Beijos de paixão
do seu bichinho saciado. Marcel
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