**Falando ao Vento**
No alpendre a descansar
Calmo sertão enluarado
Declino-me e pensar
Nos momentos passados
O vento passando suave
No rosto leve carícia
Indaguei do vento, da ave
Dois vôos unidos, delícia.
Traz-me notícias rápidas
Das chuvas que sumiram
As árvores secas estáticas
Não dão abrigo partiram
Da tua força gigante
Destrói vidas e cidades
É a natureza gritando
Oh! Homem sou a verdade
Onde está a insensatez
A espécie em preservação
O vento na sua mudez
Conscientiza a missão
Deixas saudades assim
Num coração sofredor?
Na aragem sopras enfim
Boas lembranças de amor
Vi um navio partindo
Tua força manobrando
Se voltares, vivo pedindo
Alvíssaras, alto vibrando
Sogueira |