Dentro da Madrugada
Paulo Nunes batista
Dentro da madrugada, amadureço
E minha alma, no sonho azul, flutua
Sobre as ondas de Amor da luz da Lua,
Sem destino, sem dor, sem endereço
Sou um rio a rolar, do Sem Começo
Para o Sem Fim, na águas da Alma nua.
E à paz, que dorme, na deserta rua,
Estes meus pobres versos ofereço
No ardor da vida, nada paira inútil
Nada se perde, não há gesto fútil
O soneto é remédio para Insônias.
Invento flores e me embrulho nelas,
E, nas ondas de aromas das mais belas,
Vou vestindo de orquídeas e begônias...
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