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Artigos-->Bed Time Stories - Rock n Roll Lullabies -- 25/10/2002 - 01:49 (Bruno Freitas) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Hoje a noite não tem musica negra, tão pouco Aretha Franklin, nem Marvin Gaye, muito menos Barry White...



Hoje é noite de bed time stories e rock’n’roll lulabies. Hoje é noite de Morphine, P.J. Harvey, Mike Flowers Pop, GorilaZ, Bjork, Sugarcubes, Devo, Kraftwerk, Eddie Brickel, Moby, Radiohead, The Verve, Cardigans, Morcheeba, Garbage, Alien Ant Farm, Goo Goo Dools, Shuffle Demons, etc e tal.



Hoje é noite de Beatles, T.Rex, David Bowie, Ramones, Leonard Cohen, Tom Waits, Frank Zappa, Eric Clapton, Animals, Led Zeppelin, Rolling Stones, The Cult, Prince, Eagles, ben Harper e Suzie Blue. Hoje é noite de curtir em casa aquele roquezinho antigo, no radinho do seu vizinho... Hoje é noite de Sergio Sampaio... Apesar de eu não estar escutando nada do Balaio do Sampaio, suas canções ainda não me saem da cabeça.



As guitarras psicodélicas que eu tanto aprecio, apareceram algumas vezes nesta década. Aquele som tão característico, remetente aquela época também não me sai da cabeça. Edwin Collins com A girl like you, e Some days are better than others do U2, me lembram tanto a guitarrinha de ouro do Sergio Dias, e as canções dos Mutantes. Aquele som tão peculiar das distorções alucinadas eletrificadas em 56 kilowatts de poesia.... Como diria o colega Mauro Bartolomeu...



“This is major Tom to ground control: I’m stepping through the door, and I’m floating in a most peculiar way, and the stars look very diferent today...”.



Flutuando através da estratosfera estão meus pensamentos, assim como Ziggy Stardust... “Can you hear me major Tom?”. A terra é azul, e não há nada o que fazer... Os satélites formam uma nova camada por fora de nosso planeta água... Mas que porre de música é essa, do Arantes... Nunca suportei aquela voz de Biafra que ele tinha... Tinha não, ainda tem... Mas há muito que eu esqueci toda aquela coisa horrível.



O vozeirão do Leonard Cohen é muito melhor... parece que ele está arrotando a melodia, e sua voz gutural saindo do fundo de sua garganta. Hoje a tarde numa livraria, eu passei os olhos num livro intitulado Máquina de Pimbal, de autoria de Clarah Averbuck... Nada a declarar... Chamem o Mirisola e perguntem o que ele achou disso tudo... Eu nem quero falar...



Em recente entrevista a Marilia Gabriela, Marcelo Mirisola demonstrou enorme interesse na Academia Brasileira de Letras, enquanto isso durante o mesmo programa, Clarah Averbuck, demonstrou interesse em fundar uma nova Academia Brasileira de Malditos. “Everybody knows that the days are loaded, that the boat is leaking, that the deals are rotten, that the plague is comming, that it’s moving fast, that you’re in trouble, and everybody knows...”.



Quando um surdo começar a ouvir, um cego a ver, e um mudo falar, as coisa vão mudar, mas enquanto isso não acontece eu gostaria apenas de ter uma conversinha nada amigável com meu amigo Willian Gates, e obriga-lo a usar seus sistemas operacionais...



Ai, que saudades da guitarra dos anos 70... Ai, que saudades das distorções setentistas... Ai, que saudades dos efeitos somatopsciopneumáticodélicos daquela época... Não suporto as festas Raves, e concordo com o que Clarah Avebuck disse em sua entrevista à Marilia Gabriela, que essa geração 90 será lembrada pela música eletrônica, e acrescento pelas caras pintadas do impeachment de Fernando Collor... Concordo também com Mirisola ao declarar, que lugar de criança é na rua ralando os joelhos e cotovelos, sem ficarem enfurnados nos livros... Ele, o Mirisola, afirmou que começou mesmo aler quando tinha vinte seis anos, e que acha um absurdo esse incentivo de leitura às crianças... Crinaça deve mesmo ir pra rua e se quebrarem todos...(as). Pois, as criança são de borracha e não se quebram tão fácil assim... Lembro-me ainda de alguns tombos que levei quando criança, e imagino que se caísse novamente do mesmo modo, me quebraria inteiro, ficando até internado em hospitais... Não consigo me lembrar de nenhum quarto de hospital, na minha infância, nem mesmo com o maior de todos os tombos. Ai, que saudades da infância...



Se eu soubesse que a vida seria assim, tudo no improviso, não teria tido tanta pressa em crescer... Quando criança imaginava como seria a noite de reveillon da virada do século... E pensava que seria uma festança inimaginável para meus parâmetros infantis... O que aconteceu, foi bem diferente do imaginado e previsto... Nem mesmo os planos feitos, com anos de antecedência foram levados a sério, embora eu não os tenha esquecido... Foram os planos que me esqueceram, enquanto eu crescia...



O que aconteceu nesse meio tempo, eu não sei... Estava ocupado demais fazendo meus planos e não vendo a vida passar... Estava distraído demais pra ver os anos passarem e a grama crescer ao meu redor... Estava ocupado demais curtindo coisas novas que me eram apresentadas... Estava ocupado demais escolhendo um caminho a seguir... Estava afoito demais em crescer, que cresci e nem percebi...



O que aconteceu, eu não sei... Sei que cresci, e meus anseios de pequeno cresceram junto comigo. Eu nunca alcancei o que queria, até porque não quero mais... Hoje em dia quero outras coisas, que sei que nunca alcançarei. Pois, sei que daqui alguns anos, não vou mais querer as mesmas coisas de antes... Portanto, o que eu quero é relativo, já que amanhã não vou querer o mesmo...



A vida, na verdade, é uma sucessão de pequenos fracassos de todos os dias...



Tenho a absoluta certeza de que amanhã, vou achar a vida maravilhosa e que tive tudo o que quis... Que sempre alcancei o que queria, e sempre o fiz por merecer... Mas, hoje, não!



Quem sabe, amanhã... Hoje, apenas, não...



“...And I wish I was special, you’re so fuckin’ special. But I’m a creep, I’m a weirdoo. What the hell am I doing here? I don’t belong here...”.



Hoje quero apenas dormir com algumas canções de ninar, bed time stories, e rock’n’roll lullabies...



Boa noite...







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