Vazio do nada.
Cheio do tudo.
Sobra da espera.
Demora do meio!
Corpos mudos a falar.
Sinas em cima do medo.
Outro lado do calar
que é o mesmo outro
no mesmo jeito de profanar!
De vazio ser,
enche-se a falta da espera e
consome-se no tumulto do meio
a sobra do silêncio!
©Balsa Melo
12.12.85
Minas Gerais