O amanhã tem urgência.
Para exaurir este amor.
Sem ditar a clemência.
Do corpo, fazer o torpor.
Até aonde um beijo levar.
E o juízo então para mim,
Se deixar enfim ludibriar,
No calor da boca carmim.
Que desliza sem o pudor.
Na resistência tão abstrata,
Rumo à rigidez do clamor.
Porque ao abrigo da pele,
Ferve um ardente desejo.
Paixão! é tudo o que vejo.
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