Dada a evidência pública dos recentes fuzilamentos em Cuba, José Saramago, o único galardoado Nobel em literatura portuguesa, demarcou-se da particular política de Fidel Castro, com quem em tempos trocou bem espalmados abraços e bebeu uns copos de nectar acima de cima!
Sabe-se que o nosso proclamante defensor dos esfomeados no mundo, sempre que passa por um faminto, coloca o pobre de barriga plena, pede-lhe para tomar um bom banho e veste-o dos pés à cabeça. De seguida, ao mesmo tempo que lhe segreda ao ouvido, em gesto discreto mete na mão do felizardo 1.000 euros: "Vá homem, soerga-se... Faça vida... Está pronto para ser gente de novo...".
Este exemplo de gesto-palavra... Comove-me... Faz-me dar três voltas sobre mim e invejar tamanha bondade... Arre... Chiça... Se fosse verdade!
Se Saramago tivesse... Noção funda de seu nome... Quiçá talvez escrevesse... "O título segundo a fome"! Torre da Guia