Li, gostei e recomendo, do Adelay Bonolo em Contos (31/7/04): Uma história de Brasília (primeira parte). Como já nos acostumamos, o autor é dono incontestável de um domínio extraordinário do idioma português. Em outras palavras, Bonolo sabe controlar, dirigir, acertar com o sentido, o jogo estético e a composição da nossa linguagem escrita.
Tem o dom de se dispersar por atalhos sem perder o caminho real. Tem a capacidade de explicar termos, datas, o que fór, com notinhas ao pé da página, acertando com nossa incapacidade (ou esquecimento, vá) em discernir certos conceitos, dados históricos, etc.
Tem ele uma economia semàntica que faz jus ao seu mestre, neste conto homenageado, o Machado de Assis, padroeiro mor dos escritores (bons)brasileiros e portugueses (sim, quem melhor do que Machado terá escrito em Portugal?).
Portanto, li, gostei e recomendo - aguardando a segunda parte da história passada em Brasília.
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