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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->ADEUS À INOCÊNCIA - CAP. 44 -- 07/04/2011 - 21:18 (Edmar Guedes Corrêa****) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ADEUS À INOCÊNCIA - CAP. 44


ÍNDICE
Capítulo(01) Capítulo(02) Capítulo(03) Capítulo(04) Capítulo(05) Capítulo(06) Capítulo(07) Capítulo(08) Capítulo(09) Capítulo(10) Capítulo(11) Capítulo(12) Capítulo(13) Capítulo(14) Capítulo(15) Capítulo(16) Capítulo(17) Capítulo(18) Capítulo(19) Capítulo(20) Capítulo(21) Capítulo(22) Capítulo(23) Capítulo(24) Capítulo(25) Capítulo(26) Capítulo(27) Capítulo(28) Capítulo(29) Capítulo(30) Capítulo(31) Capítulo(32) Capítulo(33) Capítulo(34) Capítulo(35) Capítulo(36) Capítulo(37) Capítulo(38) Capítulo(39) Capítulo(40) Capítulo(41) Capítulo(42) Capítulo(43)

44


Retornei à cabana numa carreira só, pois o sol começava a se esconder e pelo jeito em pouco mais de uma hora estaria tudo escuro. Quando entrei, encontrei as três sentadas, em silêncio, como se algo tivesse acontecido. Olhei para uma, depois para a outra e finalmente para Luciana. Esta me encarou com os olhos faiscantes, como se dominava por uma intensa raiva. Por um momento cheguei a pensar: “O que aconteceu? Será que as duas fizeram alguma coisa com ela para ela ficar desse jeito? Será que Ana Pala discutiu com ela? É capaz. As duas se odeiam. Mas por quê? Ou será que foi a Marcela? A Luciana não gosta dela. Mas a Marcela não é de fazer confusão”. Então olhei para Marcela e ao vê-la com os seios desnudos ocorreu-me: “A parte do biquíni. É isso! Luciana está morrendo de ciúmes. Deve estar com muita raiva...”.
-- O que foi? Aconteceu alguma coisa? -- indaguei.
Ana Paula e Marcela entreolharam-se. A seguir Ana Paula olhou para Luciana, a qual permanecia em silêncio, como se houvesse feito algo de errado.
-- A Luciana disse que a Marcela fez de propósito – respondeu minha prima.
-- De propósito... Mas de propósito o quê? -- repeti.
-- Que ela perdeu a calcinha do biquíni – explicou Marcela, que até então mantinha-se em silêncio, aliás como na maioria das vezes em que estávamos todos reunidos. De fato ela falava pouco e parecia se soltar mais quando estava as sós com Ana Paula.
-- E foi mesmo! -- insistiu Luciana com seriedade, como se houvesse sido agredida.
-- E por que ela faria isso? -- perguntei, fitando rapidamente os seios desnudos de Marcela, os quais, numa rápida comparação, me pareceram os mais bonitos dentre os seios daquelas três.
-- Para ficar se exibindo por aí – apressou Luciana em dizer, após fazer um grande esforço para se sentar.
-- Você está ficando louca – volveu Marcela, contrafeita. -- Eu não sou uma puta que nem você, que não pode ver um homem que já vai se deitando com ele – defendeu-se de uma forma que me surpreendeu. Aliás, ao ouvir tais palavras não sabia onde enfiar a cara. Até parecia que aquelas acusações eram dirigidas a mim e não à Luciana. -- pensa que não sei?
-- Puta é tua mãe, cadela enrustida – retrucou Luciana.
Marcela levantou-se e então pude reparar como ficara esquisito a parte de cima do biquíni no lugar da parte de baixo. Além de não cobrir direito as nádegas, na parte dianteira parecia ainda mais estranho.
-- Não meta a minha mãe no meio não, sua vadia! – gritou Marcela, em tom ameaçador e apontando o dedo para a outra.
E antes que alguma delas dissesse alguma coisa e provocasse uma discussão ainda maior, partindo das agressões verbais para a física, intervi, dizendo:
-- Vamos parar com isso agora! Será que vocês não percebem que desse jeito não vamos chegar a lugar nenhum? Já estamos nessa merda de ilha há 7 dias e vocês já brigam desse jeito? Imagine se a gente passar mais um ou dois meses aqui! Já pensaram que isso pode acontecer? -- De fato estávamos completando uma semana perdidos em algum ponto do Oceano Atlântico. E algo me dizia que ficaríamos ainda muito mais. Se nesse período não fomos encontrados, as buscas provavelmente haviam cessadas e todos nós dados como mortos, embora com toda a certeza nossos pais ainda acreditassem que seríamos encontrados vivos. Até porque enquanto não há corpo há esperança, por mais que as evidências dão como certo o pior.
Nenhuma delas respondeu. Luciana, em tom desafiador, fitou as outras duas que, talvez para não criar mais problemas, não olharam para Luciana. Por alguns instantes, ouvia-se tão somente o barulho do mar, das ondas arrebentando na praia. Talvez ninguém dizia nada por medo de soltar alguma coisa que pudesse reacender a chama da discórdia. Aliás, Ana Paula e Marcela entreolhavam-se de vez ou outra contudo de forma tímida com se temessem até mesmo um movimento mais brusco.
Eu, no entanto, não tinha o que temer. Nem mesmo Luciana, fitando-me com insistência embora também não dissesse nada, me intimidava naquele momento. Dir-se-ia que ao pôr um ponto final naquela briga houve adquirido uma coragem que até então não demonstrara. Olhei para a enferma e por um breve instante passou-me uma vontade de me levantar ir até Luciana do outro lado da cabana e dar-lhe uma bofetada na cara. Só não o fiz devido ao seu estado, embora não me tenha sido fácil conter-me. Seria vergonhoso demais bater numa mulher impossibilitada de se defender. Isso no entanto não me impediu de pensar: “Marcela está certa! Ela é um puta mesmo! É só ficar sozinha comigo que já quer agarrar meu pinto e fazer aquelas coisas com ele. Parece mais preocupada em se divertir do que sair desse fim de mundo. Nem tem vergonha de mandar eu enfiar ele nela. Que nem naquelas revistas de mulher pelada. Será que todas quando crescem gostam de fazer essas coisas? Assim sem mais nem menos? É gostoso. Elas também devem gostar. Queria fazer com a Marcela. Deve ser mais gostoso ainda. Aqueles peitos. Olha como eles são lindos! Queria tanto fazer com ela...”. E só não continuei com tais pensamentos porque os mesmos começaram a me afetar de tal forma que se tornariam visíveis em pouco tempo, o que deixaria Luciana ainda mais enciumada, pois saberia que eu estava daquele jeito por causa da Marcela. E prevendo isso, tratei de me levantar de dizer:
-- Precisamos pegar algumas frutas para comer, antes que escureça. Só que é melhor não deixar vocês três aqui sozinhas depois do que aconteceu. Então vá vocês duas que eu fico com a Luciana.
Ana Paula se levantou sem dizer palavras e ambas deixaram a cabana. Antes de se afastarem porém, sugeri:
-- Levem a faca. Vai que é preciso cortar alguma coisa.
Ana Paula retornou e a pegou. A faca estava fincando num dos troncos de sustentação da cabana. Imediatamente saiu correndo a fim de apanhar a amiga que não a esperou.
-- Ela pensa que me engana – disse Luciana pouco depois. – Pensa que eu não sei que ela fez aquilo só para ficar exibindo a bocetinha dela para você.
-- Não é nada disso! – retruquei.
-- Pensa que não vejo que ela está doida para se deitar contigo. Aquela vadia não me engana. Me chamou de puta, mas é mais puta do que eu. Uma puta enrustida, isso sim. Aposto que na hora que agarrar essa coisa aí não vai querer soltar mais.
Aquelas palavras afetaram-me. Será que Luciana estava certa? Será que, apesar de todas as recusas e esquivas, no fundo Marcela se interessava tanto assim por mim? E se realmente ela me desejasse e quisesse fazer aquelas coisas comigo? Bem... Nesse caso eu não recusaria. Era tudo que eu queria! E apesar de não saber direito como fazer, embora tenha aprendido nos últimos dias mais do que aprendera a vida toda, acabaria descobrindo. Marcela também não saberia fazer direito. Era mais nova que Luciana e as mulheres sempre aprendem essas coisas mais tarde que os homens. Luciana era uma exceção. Talvez tenha aprendido com algum menino na escola ou com algum primo. Meu primo uma vez me contou que foi dormir na casa da Viviane, minha prima de 13 anos, e ficaram os dois no quarto dela. E depois que os pais dela foram dormir, eles ficaram brincando de marido e mulher. Ai foram fazer o que os adultos fazem. Disse que a Viviane tirou a roupa e disse para ele tirar a dele. Ai os dois se deitaram debaixo das colchas, se abraçaram, começaram a se beijar como marido e mulher. Então a prima dele abriu as pernas, pegou o pinto duro dele (Ele disse que ela era muito bonita sem roupa, e tinha uns peitos bonitos, e que, ao olhar para o meio das pernas dela enquanto ela se deitava, ficou de pau duro) e pois naquele lugar e mandou ele enfiar. Ele disse que ficou com medo de machucar ela, mas enfiou assim mesmo. Se ela queria era porque sabia o que estava fazendo. Ele disse que começaram a se mexer e que aquilo foi ficando cada vez melhor até que ficou sem forças. Lembro que perguntei: “Como assim?”, pois eu nunca tinha gozado. “Ora, eu gozei na boceta dela!”, ele me disse. Foi então que fiquei sabendo alguma coisa sobre sexo. Ninguém nunca me falou nada. Uma vez eu fui perguntar a minha mãe e ela disse que isso era pecado e que eu não tinha idade para ficar falando dessas coisas. Depois, quis perguntar aos meus amigos de escola mas fiquei com vergonha. E se eles rissem de mim e contasse para os pais deles e eles contassem para meus pais? Meu pai poderia me bater como costumava fazer quando eu fazia alguma coisa errada.
-- Você não sabe o que está falando. Tá é morrendo de ciúmes. Ela não esse tipo de garota.
-- E por acaso você sabe? Ou já andou tentando? Já te falei: se eu pegar vocês com gracinhas, eu acabo com os dois – ameaçou-me mais uma vez.
Um filete de ar frio percorreu-me a espinha, o que me provocou arrepios e deixou-me os pelos enrijecidos. Foi como se a tivesse visualizado decepando-me o pênis.
-- Já disse que não vou fazer – tornei a repetir.
Fez-se um breve silêncio.
– Vem cá! Me ajuda a ir lá fora que preciso fazer xixi.
Aproximei e, segurando-a pelo braço e depois pelos quadris, ajudei-a a se levantar. Lentamente deixamos a cabana e na beira d`água ela abaixou a única peça de roupa que vestia e com minha ajuda conseguiu se abaixar para fazer suas necessidades.
-- Preciso ficar boa logo! Isso é tão ultrajante – deixou ela escapar. – Depender assim dos outros para fazer essas coisas. Ainda bem que eu tenho você, meu bebezinho frouxo.
– Não se preocupe. Você vai melhorar logo – falei.
– Queria tanto correr com você por ai, embrenhar nessa mata e me deitar contigo – disse ela com naturalidade, como se isso fosse a coisa mas natural do mundo. Aliás, ela não demonstrava pudor algum ao falar dessas coisas comigo.
-- Entrar nessa mata ai? Assim já meio escuro? Nem morto! – respondi a me lembrar dos sons que andara ouvido. Aliás, por mais que tentasse me convencer, eu não deixaria de acreditar que havia algo ou alguém nos observando.
-- Você é um idiota medroso mesmo! Se não fosse por causa dessa coisa funcionar, eu ia pensar que você era um bichinha.
-- Já disse que não sou.
-- Eu sei, seu bobinho! – Aproximou seus lábios dos meu e beijou-me. -- Bichas não gostam de mulher. E eu sei muito bem que você gosta daquela vadia – disse em seguida.
Calei-me. Não tive coragem de desmenti-la.
Luciana pediu-me para ajudá-la a se levantar. Em seguida disse que precisava se levar, pois se ficasse assim acabaria com assaduras. Guiei-a até o mar. Quando à água ultrapassou-nos os joelhos disse-lhe que estava bom. Ela insistiu em ir um pouco mais para o fundo, mas disse-lhe que poderia ser perigoso, pois se uma onda nos atingisse poderíamos perder o equilíbrio e cair. Com o pé daquele jeito ela não conseguiria se levantar sozinha.
-- Consigo sim. Dentro d`água nem sinto o meu pé doer. Vem! Vamos só mais um pouco, até à água chegar na nossa cintura. Quero dar um mergulho e me lavar direito – ordenou. Aliás, na maioria das vezes ela não me pedia as coisas: dava uma ordem como se eu fosse um subalterno.
“Também, se algo acontecer com ela, o problema é dela”, pensei.
Quando a água atingiu-nos o umbigo disse-lhe que chegava, que já estava fundo demais. Numa das raras oportunidades, concordou comigo. Eu continuava com um dos braços envolvendo-a pelos quadris. Ela por sua vez mantinha o direito enlaçado ao meu pescoço.
-- Me ajuda a se abaixar. Quero lavar o rosto.
Obedeci.
Com água até o pescoço, ela mergulhou a mão esquerda e depois esfregou-a no rosto.
-- Merda! Fazer as coisas com a mão esquerda fica difícil. Parece que ela não quer obedecer a gente.
-- É verdade – concordei.
Nisso uma onda fraca (a maré estava calma naquele começo de noite) nos atingiu e passou por cima de nossas cabeças. Foi como se tivéssemos dado um mergulho.
-- Ótimo! Não poderia ter sido melhor. Pelo menos estou toda molhada. – Luciana, de forma desajeitada, arrumou o cabelo, esticando um lado e depois o outro. Então disse: – Sabe de uma coisa? Tá delicioso ficar aqui. Estou me sentindo bem melhor. Nem sinto meu pé doer.
De fato parecia mais disposta e animada. Até seu tom de voz, que antes parecia com o de uma pessoa amargurada e inconformada com a vida, estava mais terno e de uma suavidade que ela acostumava a usar somente quando queria me seduzir.
-- Vamos embora – falei. – As meninas já devem estar de volta.
-- Calma! Nem me lavei direito ainda. Vai! Faz alguma coisa! Lava a minha xana. Não vou conseguir lavar direito.
-- Mas eu não sei como lava – falei.
-- Ora! É só passar a mão nela com os dedos assim – mostrou com a mão – para frente e para trás.
Envergonhado, como se fosse participar de um ato vergonhoso, levei-lhe a mão no meio das pernas e toquei-lhe a vulva. E como se estivesse com medo de tocar naquela parte do corpo dela, movia-a lentamente como muito cuidado. Nisso, Luciana agarrou-me o braço e pressionou-o contra seu corpo.
– Assim, seu medroso – mostrou. – Agora enfia o dedo do meio nela e esfrega.
Relutei por algum instante, mas acabei obedecendo. Movi a mão três ou quatro vezes para frente e para trás. Lembro-me de sentir quão macia era aquela parte do corpo dela. No entanto, não sentia prazer algum em fazer aquilo; talvez porque me masturbara cerca de uma hora antes. Ela por sua vez parecia se deliciar com aquilo. Ainda mais quando disse:
-- Mais para cima um pouco.
Quando eu tirei a mão, instantes depois ela mandou-me continuar. Então virou seu rosto em minha direção e ofereceu-me os lábios. Deduzi de imediato que minha mão já não exercia mais a função higiênica. Mandara eu continuar por outra finalidade.
Poderia ter me negado a beijá-la, mas não tive coragem, como sempre. Beijei-a. Então ela virou de frente para mim, aninhou-se e, apesar da dificuldade, arrancou-me o pequenino falo, o qual jazia ainda mais encolhido por estar submerso, para fora.
– Pensei que ele estava grande e está desse tamanho? Pode fazer ele ficar grande. Quero ele agora – mandou, como se desse uma ordem, a qual eu deveria cumprir sem contestação.
-- Não posso – respondi.
-- Não pode por quê?
-- Por que não estou com vontade – respondi, puxando a sunga de volta e tirando a mão do meio de suas pernas.
-- Seu filho da puta! – Nisso uma bofetada atingiu-me a face. Esta foi tão forte que quase tombei para o lado. – Você andou batendo uma punheta não foi? E sei muito bem porquê. Você ficou olhando aquela vadia sem roupa. Fez pensando nela.
Fiquei sem palavras. Por um instante pensei em deixá-la e sair correndo. Ela que desse um jeito de retornar para a cabana. Entretanto, acabei dizendo:
-- Não, não foi!
-- Se não foi nela, em mim é que não foi. Pensa que eu sou idiota como você? Vai. Vamos voltar, seu merda!
Caminhamos de volta à cabana em silêncio, como normalmente ocorre a um casal após uma briga.


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