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Poesias-->Poesia Matuta - A fulô do maracujá- catulo da paixão cearens -- 13/08/2007 - 23:32 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A FULÔ DO MARACUJÁ

Catulo da Paixão Cearense



Encontrando-me com um sertanejo

Perto de um pé de maracujá

Eu lhe perguntei:

Diga-me caro sertanejo

Porque razão nasce roxa

A flor do maracujá?



Ah, pois então eu lhi conto

A estória que ouvi contá

A rezão pro que nasci roxa

A fulô do maracujá.



Maracujá já foi branco

Eu posso inté lhe ajurá

Mais branco qui a craridadi

Mais branco do qui o luá.



Quando a fulô brotava nele

Lá pros cunfim do sertão

Maracujá parecia

Um capuxim de argudão.



Mais um dia, há muito tempo

Num meis inté qui num mi alembro

Si foi mai, si foi juin

Si foi janero ou dezembro



Nosso sinhô Jesus Cristo

Foi incondenado a morrê

Numa cruis crucificado

Longe daqui cuma quê.



Pregaro cristo a martelo

E ao vê tamanha crueza

A natureza inteirinha

Pois-se a chorá di tristeza.



Chorava us campu,

As foia, as ribera

Sabiá tamém chorava

Nos gaio a laranjera.



E havia junto da cruis

Um pé de maracujá

Carregadim de fulô

Aos pé de nosso sinhô.



I o sangui de Jesuiz Cristo

Sangui pisado de dô

Nus pé du maracujá

Tingia todas fulô.



E foi por isso seu moço

Qui as fulozinha aos pé da cruis

Ficaro rôxa também

Cum as chaga de jesuiz.



Eis aqui seu moço

A estória que eu ouvi contá

A razão proque nasce roxa

A fulô do maracujá.



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