Não trabalho meus poemas
Paulo Nunes Batista
pnbpoeta@brturbo.com.br
Não trabalho meus poemas
Eles, sim, têm um trabalho danado
Comigo.
Querem nascer
E eu os privo, do natal
Que dó de meus diversos abortos poéticos
Meus versos são gestados de inopino
E de improviso – nascem
Não dá tempo
De burilá-los, aformoseá-los
Corta aqui, emenda ali, muda acolá.
Meus poemas capengas.
Farto- de suas ridículas arengas.
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