De repente careço ser gostado...
sentir-me amado,
ouvir que existo para mudar meu gosto quase
desgostoso de gostar sempre sozinho!
De repente me canso da asneira oscilante...
minha voz emudecida pela surdez humana completa o meu tédio...
sorrateiramente,
preenche outras partes desabitadas na
conseqüência de estar participando
de um meio ambulante...
as pessoas não podem parar
porque precisam andar,
mas elas não sabem se estão
seguindo para algum lugar!...
preferem não ter a consciência
de se encontrarem em alguém e,
principalmente,
nelas mesmas!...
De repente...
Repente da vida!
©Balsa Melo
03.ll.85
Uberaba - MG
Brasil