Usina de Letras
Usina de Letras
90 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62182 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22532)

Discursos (3238)

Ensaios - (10351)

Erótico (13567)

Frases (50584)

Humor (20028)

Infantil (5425)

Infanto Juvenil (4757)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6184)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Idomeneu, Rei de Creta -- 20/07/2007 - 12:26 (Jayro Luna) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Idomeneu, Rei de Creta

A Hans Neuenfels, Freud e Jung, Abraão e Isaac.

“Nettuno s onori,

Quel nome risuoni,

Quel Nume s adori,

Sovrano del mar.;

Con danze e con suoni

Convien festeggiar.” Idomeneo, Mozart / Varesco.

“Na cidade Ocian, cujo nome, ao acaso

Se refere ao seu reino vasto ao poente...

E o eco dos pensamentos passa no ocaso...” Neptuno, autocitação...



Para aplacar a fúria dos mares,

Destes mares infinitos a cercar meus sentidos

E minha consciência, e meu olhar sofrido,

Canto a Netuno, antes os olhares

Estupefatos de meus marujos,

Temerosos de que a morte lhes sobrevenha pelas águas...

A promessa que me causara lágrimas de imensas mágoas...

Fiz ao deus dos mares da qual ora fujo...





Idamantes, filho, por que cargas d’água, ó infortúnio,

Tivera aquele momento que estar à praia?

A sorte sorri tanto quanto a tragédia ensaia!

Porém, como não o reconhecera ao plenilúnio?

Idamantes és como sou, minha imagem no espelho,

Com o tempo, não nos reconhecemos mais,

Ante o que éramos e o que somos ou seremos, ademais

Se mesmo o sangue azul é vermelho....



Ília, princesa Troiana, prisioneira de Cretenses,

Quis Cupido que a flechasse ao olhar para Idamantes...

Electra, concorrente no amor, que substitui o proibido de antes

E que assim ao complexo por ora vences...

Ante tanta vida e tantas disputas,

Ondas colossais assolam meu reino ilusório,

Solto meu choro grego num inespecífico latinório,

Cercado de imagens de santas e putas...



Arbaces, consulto-o, é para isto que serves...

Que Idamantes fuja? Se resolves com Poseidon depois à vigília...

Mas hoje eu sou uma Ilha, meu reino é uma Ilha,

Que o sentimento mais nobre ante à vida se conserve!

Afogados, náufragos, desolados, refugiados,

O Sacerdote apela para minha consciência...

Se algo prometi nesta vida que se cumpra com decência...

Que governo? Que direção? Desagradei aos deuses honrados?



No extremo da decisão extrema...No apogeu do conflito...

No Íntimo de minh’alma, busco a voz do coração...

E eis que Idamantes, que sou eu ao fim de minha razão,

Se apresenta para o sacrifício maldito!

Ília, por amor desta imagem,

Se joga aos meus pés em ato de paixão e coragem,

Oferecendo-se ao fado explícito...





Mas, ouvindo minhas preces, eis que Netuno

Com voz tronitroante se faz ouvir

E declara que meu reino precisa doutro rei para não ruir,

É Idamantes, e Ília, sua rainha!... Destronamento oportuno...

Electra, irada, deságua seus sentimentos desde Clitemnestra...

Salvo-me de meu suplício!

Meu reino? Idamantes sou eu enfim, renovado, vívido de inícios...

E festeja-se o himeneu de Eros com a Psique que a consciência orquestra ...

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui