Todos que lutaram pela democracia, no mundo, o fizeram justamente para que as pessoas pudessem expressar, sem medo, suas opiniões.
Quando publico um artigo no Usina, expresso minha opinião. Assinando meu nome e, portanto, assumindo a responsabilidade pelo que escrevo.
Se eu errar, ainda que de forma involuntária, atingindo a honra de alguém ou de uma entidade,
estarei sujeita, dentro do regime democrático, a ser questionada ou responsabilizada por isso.
Creio que expressar opiniões, principalmente de cunho político, envolvendo pessoas, entidades ou grupos, se escondendo num pseudônimo, é um ato muito pouco democrático. Porque oculta nas trevas o autor.
Há que se ter tolerância, é verdade. Porque os motivos que levam alguém a se esconder podem ser concretos, para essa pessoa. Pode ser um trauma, que provoque um desvio de comportamento, por exemplo. E a pessoa não tenha coragem, realmente, de se expor. Afinal, conheço pessoas que não entram em elevadores, ficam apavoradas em assinar seu nome em público, enfim, há pessoas que têm real medo de situações que para outras são perfeitamente normais.
Existem, também, seres humanos a quem respeito profundamente, que integram minorias, muitas vezes discriminadas pela sociedade e que se sentem impelidas ao anonimato. Assim, aproveitando a onda Lulinha Paz e Amor,
far-me-ei de ouvidos moucos a poucos.
Há cheiro de rosas no ar.
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