Parafraseando o homem de Cordisburgo, descendente dos Vimaranes:
"O Anticristo mesmo,
se vier,
que venha vacinado."
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No momento, só tenho feito preservar-me, guardando energias para ler as catadupas de poemas natalinos que passam a inundar o site. Emocionado, acabo de conferir "O que é o Natal?"
Quem pergunta? Ah, sim, a nossa poetisa em quem todo mundo pisa, Milene Arder. O poema é uma resposta à pergunta do título.
O QUE É O NATAL?
É NATAL...
Sim... É NATAL!
Mas o que é o NATAL,
Afinal?
Você não sabe?
Nem eu sei...
Talvez
A lembrança do BEM
Da LUZ de uma estrela
Que surgiu em Belém...
NATAL
Não é só beber
Nem comer...
É ir mais além.
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[É incrível como as palavras "BEM", "Belém" e "além", ocupando posições privilegiadas, espalham seus ecos, muito depois de lido o poema, no fundo mais fundo de nossos tímpanos maltratados, indo bater com tamanho ímpeto no imo d alma, de modo a nos fazer pressentir, com igual impacto, o bimbalhar de sinos na calada mais calada da noite de uma aldeia longínqua, branquinha, ah!, branquinha de neve, as árvores todas com seus alvos casaquinhos. Ao leitor toca desvendar o mistério insondável de uma pergunta para a qual o poema nenhuma resposta oferece: Depois de "comer" e "beber", o que significaria mesmo "ir mais além", hem?]
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Enquanto reflito, deixo tocar o CD da Simone, mais precisamente, aquela bonita faixa chamada "Então é Natal".
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