OMNI DOLOR
Paulo Nunes Batista
A dor de tudo, a dor onipresente,
a dor, que é o substrato, enfim, dos seres,
a dor equivocada dos prazeres,
a dor que finge e a que o poeta sente.
A dor, que nasce, assim, na alma da gente,
plena de cantochões e misereres.;
a dor da vida, a dor dos afazeres,
essa dor metafísica, doente.
A dor, que vem vestida de alegria
e se extravaza em música e poesia...
A dor oculta, como concebê-la?
A dor universal e dolorosa:
a dor estranha de um olor de rosa
e do brilho celeste de uma estrela...
Anápolis, 8/8/2005
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