Na minha jovial idade apreciava imenso a parábola do pastor que voltava atrás para recolher o anho empenado e o transportava carinhosamente ao colo até ao abrigo, como ainda aliás aprecio e tenho até a sensação que tão benquisto desiderato faz parte integrante de meu feitio. Sinto-me enormemente suavizado em relacionar a essência da imagem com as pessoas.
Não... Não acredito em Deus por remeditada e profunda convicção, mas se acreditasse, em face da maldade de uma enorme maioria de ditos crentes que se me deparam, ó anhos todos deste mundo, estaria permanentemente inclinado em colocar minha crença em causa e decerto hesitaria cem vezes antes de voltar atrás...
É que são tão bons...Tão bons... Tão bonzinhos os crentes em Deus que na minha vida tenho enfrentado que, francamente, os que aqui me vão surgindo na Usina desde já os promovo a cordeirinhos... Lindos... Lindos de ficar boquiaberto a avaliar tão excelsas e lanudas revelações...
De resto, a perversa maldade dos crentes em Deus constituiu um dos importantes itens do paràmetro racional que fundamentou a minha actual e irredutível convicção: é que são mesmo e deveras muito bonzinhos...
Torre da Guia = Portus Calle |