Arremeto um olhar sem trégua buscando
uma luz para clarear o minuto que finda!
Ele passa sem espera findando a minha triste hora!
Outras horas incertas poderão surgir,
mas elas não me apetecem!
Risco o mundo para traçar o rumo!
Tudo gira sem nexo!...
ponteiros,
olhos,
esferas,
caneta e
as minhas tantas penas!
Algum brilho surge no fim da hora...
perdida e inconsolada sem registrar vida com riso,
levará a certeza de ter nascido em mim
como uma triste recordação de não ter
originado nenhuma semântica sobre a alegria!
Insisto jogando afora outros tontos olhares...
na escuridão da noite,
na claridade da minha solidão,
no desatinado empréstimo que concedo
 .; ao meu coração para aliviar um pranto!...
que rola pelos olhos na bola que
se encharca sobre as nuvens da desilusão!
Minutos idos!
Vidas idas!
Sonhos de hora que perfura sem pressa o motivo do grito da alegria!
©Balsa Melo
17.03.07
Brasil