Reclino-me sobre os guaches,
E não sou mais eu mesmo:
É o universo e todas as suas galáxias
Que vibram com meus pincéis,
E gritam através dos meus dedos...
A sombra da noite me assedia,
Retrato de minha condição humana.;
Mas o artista, ele, persegue o absoluto,
Transcendendo o definido com a magia
Do primeiro traço inestético sobre a tela...
Um pouco de loucura, um pouco de raiva,
Um pouco de inocência secular,
E a tela me respira, de repente...
Mergulho nos meus desejos e sonhos,
Redescubro a essência do meu ser.;
Vivo a eternidade a cada momento,
Viver menos que a vida é para mim absurdo...
Abro meus olhos ao vernissage do dia:
Uma pletora de cores no anil,
Um coro de anjos na minha alma.
© Jean-Pierre Barakat, 24.01.2001 |