POEMAS ÀS ANTIGAS
Paulo Nunes Batista
Cascavelha caracaxou seu chocalho
detrás do murundu do cupim
Eu acendi os zói no quilarão do dia
goiano véi, e me atravessei no ímpeto
de antes que o bote mortal me pegasse
era um rolo assim de cascavelha
Seu Leandro um homi engangento
e emboras muito idôneo (idoso)
gostava de mulé fêmea
atravessou urro de onça, bote de jaracuçú
dentro da mata de noite
mas foi sair lá na Lagolândia, a Terra da Lagoa.
Diz que dentro, no fundo das águas,
morava uma cobra grande
E o poviléu sacudia-se de medo
no escuro da noite, ai que paúra
Uns presos, a maioria solta
e quantos criminosos no meio dela
Gente boa a do meu tempo,
não negava comida, agasaio, pousada
que Deus a tenha...
Anápolis, 21-XI-2004
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