Risquei algumas palavras de amor em um guardanapo branco, tentando espantar minha dor que pairava no ar e teimava em ficar fazendo-me companhia em um banco de bar.
Foram palavras soltas, sem rimas, sem som, sem andamento, mas foram as únicas loucas que falavam em sentimento. Usado o guardanapo de pano, mostrava a marca da minha boca que nele ficou guardado e junto mandei-lhe o recado da minha solidão:
“Amo. Amo você Coração! Venha! Não me deixe esperar! Viva! Viva para me amar”!
Mas quando saí do bar, chorando e embriagado, esqueci em cima da mesa o guardanapo amassado, deixando a prova de amor de um homem só e... Desesperado!