Usina de Letras
Usina de Letras
253 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62073 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50480)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Por que os petistas me adoram? -- 24/09/2002 - 18:05 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nos últimos anos, tenho recebido muitas mensagens de militantes petistas, uns mais coléricos que outros, mas todos muito cientes de sua imensurável sabedoria e importância estratégica no cosmos, que suplanta mil anos-luz a de todos os seus críticos e opositores. Que não admite contraditório de espécie alguma, quando se trata da defesa da guerra santa chamada “causa petista”. Especialmente por eu demonstrar os diversos disfarces com que a liderança petista se apresenta em público, para cativar corações e mentes, além de insistir em um bordão que criei, a respeito do camaleão chamado “Lula-laite”.



É simples explicar isso. O militante petista – como tantos outros militantes – é um “torcedor” fanático de sua agremiação e de sua doutrina socialista. Qualquer torcedor da Fiel, do Corinthians, sabe o que isso significa. Não há lógica nenhuma nas atitudes que uma turba corinthiana toma quando seu time perde várias vezes seguido. O mesmo acontece com a Mancha Verde, do Palmeiras, quando há nove jogos não sabe o que é uma vitória. Na torcida, não há raciocínio. Apenas paixão. Logo pedem a cabeça do treinador, quando o problema está apenas no sofrível elenco que o time possui. Da mesma forma, o petista defende com unhas e dentes seus líderes de todo ataque, mesmo que esse “ataque” seja apenas a lembrança da mais recente maracutaia petista promovida em Porto Alegre, em São Paulo, em Santo André, em Brasília ou em algum minúsculo município perdido nos cafundós-do-judas. Os líderes da estrela vermelha (soviética, cubana ou maoísta?), especialmente Lula-laite, devem ser defendidos de todas as maneiras pelos petistas, com paixão, destilando ódio contra os contestadores, mesmo quando são apenas lembradas as contradições mais elementares que eles tenham emitido em público.



Eu, por outro lado, como tantos outros escrevinhadores, que não estamos acorrentados a nenhum grupo ideológico ou político, como meros observadores e analistas da realidade que somos, temos por obrigação emitir julgamentos objetivos sobre os fatos, não só sobre aqueles que sejam de interesse do PT ou de alguma de suas agremiações satélites (1) . Ou seja, eu, como “analista”, posso até me enganar muitas vezes com o que escrevo – e me engano –, pois sou humano, mas tenho a obrigação moral de não acobertar falcatrua alguma e mentir jamais. O PT (2), por sua vez, por ser guiado por normas dogmáticas “sobre-humanas”, criadas não se sabe por que entidade celestial, não se engana nunca, assim como Lênin, Stálin, Hitler, Mao e Fidel nunca se enganaram...



Por exemplo, quando “cutuco” o PT pela sua dupla face, em se apresentar perante a população como um partido democrático, mas que por trás dos panos faz conchavos com narco-comuno-terroristas das FARC, como ocorre no governo petista do Rio Grande do Sul, sou logo tachado de “reacionário”, “fascista”, de “direita”. Só que esses coléricos petistas esquecem que os fascistas são eles, que apóiam “autoritarismos falangistas” (3), como o MST, para doutrinar crianças na “luta de classes”, fazendo desses pequenos infelizes verdadeiros clones dos antigos balilas (4) de Mussolini.



Da mesma forma, quando cobro do PT que seja coerente com a “democracia” que prega, ao ver Lula-laite fazer visitas esporádicas a um dos mais antigos tiranos do planeta, Fidel Castro, não recebo explicação nenhuma, apenas sofro acusação de que faço parte da “direita”, que tenho pacto com o “grande satã americano”. Ora, não existe meio termo, ou você prega e exerce a democracia de fato, ou você é um embusteiro.



Eles me adoram, todos os petistas, quando lembro o anti-americanismo do PT. Por que o PT, em sua grande maioria, é anti-americano? Simples: como o comunismo que eles adoram desabou na União Soviética, em parte por não poder competir com o gigante do norte das Américas, o ódio contra Uncle Sam dobrou. Por isso, muito petista babou de prazer ao ver as torres do WTC virarem pó. Eu, como qualquer analista que não siga alguma cartilha ideológica, também critico os EUA, às vezes com veemência, como em meu ensaio “Diplomacia de cruzeiro” (5) , em que acuso os americanos de assassinos por bombardear todo o Iraque, na Guerra do Golfo, em 1991, e destruir toda a infra-estrutura da Iugoslávia, na operação da OTAN, em 1999, utilizando mísseis “cruise” (cruzeiro) e outros artefatos bélicos para tal fim. As bombas sobre Hiroshima e Nagasaki também foram atos terroristas, pois a guerra já estava praticamente definida, nenhum comandante americano do Pacífico, naval ou terrestre, foi consultado para emitir uma opinião, as bombas foram apenas um aviso para a União Soviética, que ainda não tinha bomba atômica, não invadir a Mongólia. Agora, se observo que os EUA, apesar de todos os erros já cometidos, é a mais livre nação da terra, eu sou obrigado a elogiar tal feito. Essa a fundamental diferença entre um “torcedor” petista, que nunca vê nada de bom fora do socialismo (comunismo), e um analista, que enaltece o que pode ser enaltecido e critica tudo o que deve ser criticado.



Os petistas me adoram também quando abordo a questão cubana. Dizem eles que a culpa de Cuba estar na miséria é dos EUA. Pura lorota. Cuba está na miséria porque seguiu o mesmo caminho da Coréia do Norte e da antiga Alemanha Oriental. Quando houve a reunificação das Alemanhas, o Governo Helmut Kohl teve que preparar um orçamento superior a 1 trilhão de dólares para tentar diminuir a realidade da fubica Trabant, do lado oriental e comunista, em relação à realidade do Mercedes-Benz, do seu lado. A Coréia do Sul, que não se tornou comunista devido à ajuda americana (Guerra da Coréia), é hoje 32 vezes mais rica que sua irmã comunista do norte. Da mesma forma, Cuba está na miséria porque seguiu um sistema social-econômico fracassado, o mesmo que derrubou a ex-URSS. Quando Fidel Castro recebia gorda pensão soviética, com a qual maquiava alguma coisa em casa, como os seus “bombados” campeões olímpicos, e mandava legiões de combatentes para Angola e financiava terroristas para agitar toda a América Latina (“vamos criar um Vietnã em cada país”), os EUA eram um vilão mantido à distância, com desprezo. Acabada a pensão soviética, a máscara de Fidel Castro caiu, a população desesperada passou a fugir do país em troncos de bananeiras e pneus de automóveis, muitos morrendo afogados no mar ou comidos por tubarões. A quem culpou Fidel Castro pela situação? Os EUA. Ora, os americanos mantém um embargo contra a Ilha do tirano (embargo, não bloqueio, como propagam os comunistas), mas isso não significa que a miséria cubana seja culpa dos EUA. Pelo contrário, são os dólares americanos de refugiados nos EUA que remetem dinheiro para parentes em Cuba que ajudam a diminuir a atual miséria cubana – e alongar um pouco mais o regime comunista. Além do mais, qualquer país pode fazer comércio com Cuba. Poucos fazem, pois há medo de calote, porque não há dinheiro na Ilha. Quem Fidel Castro e seus pupilos petistas pensam que enganam?



No ano de 2000, Lula-laite fez uma viagem a Cuba junto com um grande grupo de petistas. Que de tão especial teria Lula-laite para tratar com o mais famoso assassino do Caribe? Fantasiados de Che Guevara, os petistas chegaram a chamar a atenção dos próprios cubanos para aquele visual inusitado. Visitando praias e sítios históricos da “Revolução Cubana”, os petistas se esbaldaram em comer camarão, regado com muito mojito (e jineteras, quem sabe), além de gostosas baforadas de havana.



Para os petistas, esse singelo passeio teria sido apenas uma viagem nostálgica, para conhecer um dos últimos “museus de cera” comunistas do mundo, ou era para trazer “know-how” ao Brasil, para implantar aqui tal sistema sócio-econômico? Até hoje petista nenhum me deu uma resposta convincente. Aliás, um dos petistas que participou daquela troupe, Lúcio Flávio V. Lima, do Distrito Federal, em carta ao “Jornal da Comunidade”, teceu largos elogios à ditadura cubana. Uma carta minha, também publicada no mesmo jornal (14/12/2000), pedia para os leitores acessar o site www.olavodecarvalho.org/convidados/cuba.htm, em que havia um artigo desmentindo toda a mitologia propagandeada pelo petista candango. Na tréplica (17/12/2000) – petista nenhum fica sem a última palavra – Lúcio Flávio defendeu o terror cubano porque lá, em relação ao Brasil, morrem menos crianças com até 5 anos por 1000 nascidos vivos. Mais uma vez, aparecia em cena a “torcida” de um fanático militante, não a fria “análise” da realidade.



Os petistas ficam encantados comigo quando abordo o “orçamento participativo”, que aprendi lendo o livro de Giusti Tavares, “Totalitarismo Tardio – o caso do PT”. Por tal trabalho, o filósofo e escritor Tavares está respondendo processo aberto pelo PT gaúcho. O que seria esse propalado “orçamento participativo”? Leia a nota (6), abaixo.



Os petistas me adoram quando lembro de que não passam de vestais grávidas, que se apresentam em público como cândidas donzelas virgens, mas que na verdade pertencem a um partido como qualquer outro, com virtudes e defeitos. Quando eu lembro os escândalos cometidos pelas vestais, como o jogo do bicho no governo Olívio Dutra, no RS, o escândalo do lixo em São Paulo no governo Marta Suplicy, ou o assassinato do prefeito petista de Santo André, Celso Daniel, uma autêntica queima de arquivo, devido à maracutaia petista que lá recebia propinas de empresas de ônibus para bancar a campanha de Lula-laite, eu sou tachado de imparcial, de que não lembro os escândalos cometidos por outros partidos políticos. Puro embuste petista. Porque, se eu lembrei, em artigos, o escândalo do PT no caso Asefe, em que políticos de esquerda, principalmente do PT, receberam dinheiro daquela associação de servidores públicos para bancar a campanha eleitoral em 1998, conhecida em Brasília como “bolsa-eleição”, os petistas esquecera de lembrar que várias vezes escrevi sobre o governo Joaquim Roriz, o “coronel do cerrado”, que faz da concessão de lotes para miseráveis sua plataforma política. Também escrevi sobre a grilagem de terras públicas no DF, envolvendo políticos ligados a Roriz, além das urnas falsas apreendidas pela polícia, que eram utilizadas para ensinar o voto a eleitores de Roriz e seus aliados – um autêntico “voto de cabresto virtual”. Aliás, eu escrevi que as eleições do DF passaram a ser “briga de porco grande”, já que os principais candidatos a governador estavam atolados no chiqueiro. Um petista só lembraria de escrever sobre a sujeira dos outros. É de sua índole, é de sua “ética”. Por isso, petista só vota em petista. Eu, como não sou filiado a partido político nenhum, posso votar em quem quiser, de acordo com minha consciência, não de acordo com a consciência “coletiva” de um partido. Por isso, eu até já votei em um petista, em 1998, em Cristóvam Buarque, que fez um trabalho sério na Educação e trouxe respeito para o pedestre, que anteriormente tinha que duelar com os automóveis para atravessar a rua em Brasília – as faixas exclusivas de pedestres hoje são comuns em todo o Brasil. Um petista faria o que faço? Jamais.



A diferença entre um petista e eu é essencialmente esta: eu denuncio TODAS as maracutaias; os petistas denunciam apenas as maracutaias dos OUTROS, encobertando as suas. Para mim, é uma questão de princípios, de ÉTICA com letra maiúscula, que sempre procurei respeitar, o mesmo não acontecendo com a “ética” petista, que acoberta as falcatruas internas, bem ao estilo da “máxima de Ricúpero”: “O que é bom a gente alardeia; o que é ruim a gente esconde”.



Os petistas me adoram – e isso é uma unanimidade – quando faço algumas piadas sobre o PT ou sobre Lula-laite. Alguns reclamam apenas que eu poderia fazer algumas gracinhas também com Serra, FHC e outros, não só com o PT e Lula-laite. Outro engano, os petistas só lêem o que lhes interessa, ou seja, quando o tema são eles mesmos. Também tenho feito alguns comentários jocosos sobre FHC e Serra, mas não me atrevo a ir muito além do pouco que faço, pois já há um batalhão de humoristas no Brasil muito mais capazes que eu, que poupam Lula-laite e apupam FHC e sua troupe 25 horas por dia: Ziraldo, Jaguar, Aroeira, LFV e tantos outros. Como vêem, é um time da pesada, eu não teria a mínima chance de sobreviver no meio dos compadres de Lula-laite. Tanto é verdade o direcionamento do humor brasileiro que, além do que se observa na imprensa, entre as dezenas de e-mails humorísticos que recebo, só uma meia dúzia se refere ao PT e à sua vestal-mor. O resto é pau puro em cima de FHC, ACM, Maluf, Collor, Serra, Ciro, Garotinho e outros. Lula-laite, para a canhota do riso e da gargalhada, é tratado com a mesma veneração aterradora que Fidel tem em Cuba, sem contestação de ninguém, com “100% de aprovação”, conseguido com os famigerados CDRs (7). Aí eu faço uma piadinha mixuruca sobre Lula-laite e recebo o xingamento histérico de vários talibãs petistas.



Esses compadres de Lula-laite me fazem lembrar daquele militante petista que tinha em seu chefe de partido a máxima veneração. Um dia, voltando mais cedo para casa, o petista ouve um barulho no quarto e, espiando pela fechadura, vê seu chefe, em pé, beijando sua mulher, que está apenas de calcinha e sutiã. Chefinho tira o sutiã da mulher e plaf! os seios se esparramam na barriga. Chefinho tira a calcinha e plof! a bunda arreia. O militante petista fica preocupado com o que vê: “O que meu chefe vai pensar de mim?”



Algumas piadinhas sobre Lula-laite?



Sobre a antiga frase de Lula-laite, que ao final piscava um olho, “no fundo, no fundo, você também é um pouco PT”, eu fiz uma adaptação para “no fundo, no fundo, você também é um pouco Bin Laden ;-) (PT – Partido dos Talibãs)”.



Outra é sobre a visita do presidente Lula-laite aos EUA. Na Casa Branca, o chefe de cerimonial apresenta Lula-laite a Bush: - I want to introduce Mr. President Lula da Silva. Lula-laite, preocupado, chama seu aspone (8) para reclamar: - O que esse gringo quer introduzir? Diz a ele que eu não sou boiola, sou muito macho-chô!



Piadinhas mixurucas, né? Mas, como os petistas ficam coléricos!!!



Deve-se, porém, fazer uma ressalva: o PT não é um bloco monolítico. Como Jorge Amado já havia observado em seu livro de memórias “Navegação de Cabotagem”, o PT não passa de uma frente, de um saco de gatos, onde há pessoas sérias, muitos inocentes úteis, outro tanto de aproveitadores e vários escroques, além de antigos terroristas.



Muito heterogêneo, de um lado, podemos observar a “neoburguesia” do PT, como o barão Matarazzo, Senador Eduardo Suplicy, que ficava bem na foto ao lado da baronesa Marta, até levar um chute na bunda. Se o senador Suplicy fosse de um outro partido, seria apenas um “burguês” um “barão do atraso” de São Paulo. Como faz parte do PT, é mais um “trabalhador”.



De outro lado, há os “intelectuais” do PT, como Antonio Candido e as “libélulas” da USP (9), entre as quais se destacam Emir Sader e Marilena Chaui. Antonio Candido, a propósito de Cuba, declarou: “Estou preparado para aceitar uma sociedade em que haja restrições provisórias à liberdade, inclusive de pensamento, se isso for indispensável para chegar à justiça social”. O mesmo elogio a Cuba é feito diariamente pela dupla Sader/Lena, que chega às raias da psicose. Emir Sader já transitou no MIR (10) chileno, o mesmo que seqüestrou Abílio Diniz. Marilena Chaui, petista velha-de-guerra, foi lembrada por Diogo Mainardi na revista “Veja” (25/09/2002), em que a “libélula” afirma que o capitalismo é o principal responsável pelo fundamentalismo islâmico. Nem por nada que os alunos de Dona Lena tenham comemorado o primeiro aniversário do 11/9 com “hosanas” a Bin Laden.



Há os “cristãos-novos”, convertidos do terrorismo da guerrilha para a democracia, como José Genoíno. É o que ele sustenta em público e, por ora, merece nosso crédito, especialmente por ter deixado o radicalismo verbal de lado e ser, dentro do partido, um dos que mais conseguem agregar as pessoas para um determinado objetivo. Genoíno tem a virtude de hoje se dar bem com os militares que anteriormente o combateram, o que não é pouca coisa, principalmente nesses tempos em que FHC promoveu uma revanche contra as Forças Armadas, ao doar gorda indenização a familiares de terroristas, como Lamarca e Marighela.



Aloísio Mercandante, filho de general, é um economista de talento, tem opiniões precisas sobre o que ocorre no mundo, é sensato, apaziguador, nunca perde a compostura. É um gentleman, quem sabe um futuro grande senador, governador ou presidente.



Maria da Conceição Tavares, a “musa do Plano Cruzado”, é apenas um protótipo do que há de pior na biodiversidade petista – a do militante trotskysta radical. “Torcedora” sempre, “analista” nunca, ninguém consegue entabular uma conversa séria com a criatura. É o Enéas de saias.



Outro militante petista importante, que podia bem ser o irmão-gêmeo de Maria da Conceição Tavares, é “Diógenes do Dinamite”, o PC Farias do governador Olívio Dutra. Antigo terrorista comunista, “Dinamite” explodiu o soldado Kozel Filho numa guarita do então II Exército, em São Paulo, além de ter participado com o ex-Ministro da Justiça de FHC (que time!), Aloysio Nunes Ferreira Filho, do assalto ao trem-pagador Santos-Jundiaí. Hoje “Dinamite” foi colocado “na geladeira” pelo PT, foi sacrificado um peão para salvar a rainha “truta”, depois que Diógenes apareceu numa gravação pedindo para que a Brigada Militar do RS desse uma “aliviada” para os bicheiros, e depois de estar envolvido numa “trampa” armada para a compra de uma sede para o PT em Porto Alegre..



Há o todo-poderoso presidente do PT, José Dirceu. Quando moço, depois de se cansar do agito estudantil e das paqueras brasileiras, Dirceu foi a Cuba fazer cursos de guerrilha e espionagem, quando passou a integrar o Movimento de Libertação Popular (Molipo), grupo terrorista fundado pelo serviço secreto de Cuba, surgido de uma dissidência dentro da Ação Libertadora Nacional (ALN), em 1971. O Molipo era formado em sua maioria por integrantes do chamado “III Exército da ALN”, do qual também participou meu tio, Arno Preis, morto por forças policiais, em Paraíso do Norte, GO, no dia 15 Jan 1972, depois de matar o soldado PM/GO, Luzimar Machado de Oliveira, ferindo gravemente outro militar, Gentil Ferreira Mano.



Interessante é observar como a imprensa brasileira está comprometida com a canalhice, ao não escrever uma vírgula a respeito de um antigo araponga cubano ser o presidente do partido de Lula-laite, provável futuro presidente do Brasil. Mesmo a revista “Veja” (25/09/2002), que traz longa reportagem sobre a trajetória do agente cubano, acha isso tudo muito natural, pois o que se depreende do texto é que o fato de Dirceu ter traído sua pátria tem tanta importância quanto o “matadouro” que o “Ronnie Von da esquerda” montou para “abater” suas conquistas amorosas. Imagine se o presidente do partido de algum outro candidato a presidente tivesse participado dos quadros da CIA, o que não iriam escrever a respeito... Convém lembrar um trecho da “Carta ao Deputado José Dirceu”, escrita por Olavo de Carvalho: “Você foi o único agente do serviço secreto cubano que, um dia, disse adeusinho ao cargo e voltou para casa, como se largasse um banal emprego público de servente ou de marajá. Nunca, em oitenta anos de comunismo, alguém conseguiu sair do serviço secreto de algum país comunista sem ser pela via da aposentadoria vigiada, da deserção ou da morte. Você foi o primeiro, e tem uma dívida para com o país: contar como conseguiu desligar-se do indesligável. Ou será que não se desligou tanto assim?”



Faltou dizer alguma coisa sobre Lula-laite, praticamente eleito, quem sabe já no primeiro turno. Quando escrevo sobre Lula-laite, os petistas, que já me adoravam, vão ao mais tresloucado delírio. Mas sobre Lula-laite já escrevi tanta coisa que não há necessidade de repetir. Em Usina de Letras (www.usinadeletras.com.br) eu escrevi “Sem intermediários, Fidel pra presidente”, um bem-humorado texto sobre a veneração que Lula-laite tem pelo tirano do Caribe. Dentro do mesmo tema “cubano”, escrevi “Aprendiz de feiticeiro”, em que analiso o paralelo entre Lula-laite e Hugo Chávez, peregrinos devotos do mesmo luminoso “sendero” criado por Fidel. Escrevi “As vestais grávidas do PT”, em que lembro as várias falcatruas cometidas pelo outrora “virginal” Partido dos Trabalhadores. “O PT de bunda de fora”, I e II partes, versa sobre o mesmo tema. Além de umas piadinhas mixurucas, como já disse. Há pouco, escrevi “Um camaleão chamado Lula-laite”, que trata da performance de “Lulinha paz e amor” da atualidade. Por que, então, eu iria escrever alguma coisa mais sobre Lula-laite? Não quero deixar meus amigos de Usina de Letras sem assunto sobre o nosso – quem sabe? – futuro presidente do Brasil. Não quero monopolizar o tema. Seria uma safadeza semelhante àquela que citei acima, em que os humoristas brasileiros só fazem piadas pautadas na ideologia dominante – a patifaria de esquerda.





Notas:



(1) Agremiações satélites – O PT, hoje o partido mais rico e poderoso do Brasil, possui uma constelação de agremiações. Além dos satélites que orbitam à sua volta, como o PCB, PC do B, MSTU, PCO, possui um braço “sindical” (CUT), um braço “armado” (MST), um braço “religioso” (CNBB, já denominada jocosamente de “CNB do B”), dois braços “estudantis” (UNE e UBES), um braço “jurídico”, não declarado, para não dar muito na pinta (OAB), um braço no “funcionalismo público” (Sindicatos, em todos os órgãos federais, estaduais e municipais), um braço “bancário” (Sindicato), um braço “secreto” (PT Pol) (10), um braço na Procuradoria da República (o petista “Chico Kassettada”, do DF, que gravou, escondido, conversa com ACM, é o mais notório exemplo), etc., etc., etc... Obs.: Siglas e verbetes citados abaixo, não enunciados neste trabalho, procurar em “Arquivo da Intolerância”, de minha autoria, em Usina de Letras (www.usinadeletras.com.br), link “Artigos”.



(2) PT – Partido dos Trabalhadores: nasceu em 1979 com o apoio do movimento sindical do ABC paulista e da Igreja Católica. Formado também por indivíduos que haviam sobrevivido à repressão, ligados a AMPL, VAR, POC, ALN, CS, PCBR, MEP, MR-8 e outros. Tem perfil socialista e é dividido em diversas tendências internas, sendo as principais: 1) Articulação, de Luís Inácio da Silva (Lula), Olívio Dutra, José Dirceu e Eduardo Suplicy, reúne sindicalistas históricos e social-democratas, padres e leigos da Igreja “progressista” e comunistas do PCB e do PC do B; votou a favor do Projeto Final e da assinatura da Constituição de 1988; 2) Nova Esquerda, de José Genoíno e Tarso Genro, intelectuais revolucionários marxistas-leninistas-maoistas que, dissidentes do PC do B se haviam organizado no Partido Revolucionário Comunista (PRC); votou contra o Projeto Final mas a favor da assinatura da Constituição; 3) Democracia Socialista, organização trotskista vinculada à Quarta Internacional Comunista, da qual fazem parte Raul Pont, Miguel Rossetto, Paulo Torelly, João Verle e o ex-comandante da Brigada Militar (RS), Roberto Ludwig; é a tendência mais coerentemente revolucionária do PT, opôs-se ao Projeto Final e à assinatura da Constituição, e detém o comando do Governo Rio-Grandense (Olívio Dutra). O MST está para o PT assim como o ETA está para o Partido Nacionalista Basco (PNB); o MST tem a vantagem, em relação ao ETA, de promover seus atos terroristas à luz do dia, com sua “guerrilha desarmada”, nas invasões de terras – o seu gigantesco “movimento de massas”. Lula foi um dos signatários de um documento do megaespeculador George Soros, que solicitou à Assembléia das Nações Unidas, através do seu Centro Lindesmith (ONG pró-legalização das drogas), o fim da guerra contra as drogas (Cfr. MSIA, 2ª quinzena de 1998, Vol. VI, nº 1). Veja, em Usina de Letras (“Arquivo da Intolerância”): Adestramento, ALN, Antiglobalização, Balilas, Comuna de Paris, Comunismo, Copyleft, FSM, FSP, Guerra de movimento, Guerra de posição, Ideologia, Inpeg, Marxismo, MEP, Molipo, Movimento de Massa, MR-8, MST, Orçamento participativo, PCB, PCBR, PC do B, Poder paralelo, Politicamente correto, Revisionismo, Revolução e Stalinismo.



(3) Autoritarismo falangista - Sistema de governo sustentado por falanges fiéis ao ditador, como Portugal sob Salazar, Alemanha sob Hitler, Itália sob Mussolini, Espanha sob Franco, Argentina sob Perón (“Soldados de Perón”), e todos os sistemas comunistas (Cuba sob Fidel Castro e seus “Comitês de Defesa da Revolução” - CDR, Camboja sob Pol Pot, União Soviética, China e os “Guardas Vermelhos” de Mao Tsé-Tung, Coréia do Norte etc.). Mais recentemente, houve amostras de autoritarismo falangista no Chile sob Salvador Allende (“Grupos de Amigos Personales – GAP”, a “Guarda Pretoriana” de Allende), no Brasil sob João Goulart (“República Sindicalista”), no Peru sob Fujimori (grupo paramilitar “Colina”, apoiado pelo SIN) e na Venezuela sob Hugo Chávez (“Círculos Bolivarianos”). Atualmente, o MST é a “falange” mais importante do Brasil, uma “guerrilha desarmada” utilizada com muito sucesso, devido ao apoio difuso que recebe, desde partidos políticos (PT, PC do B, PSTU), sindicatos (CUT), até a própria Igreja Católica (CNBB), com a omissão do Governo Federal, que presta apoio financeiro à “falange” através do INCRA. Veja, em Usina de Letras, além dos verbetes neste bloco, Adestramento, Balilas, Cesarismo, Movimento de Massa, MST e Revolução.



(4) Balilas - Nos tempos do fascismo italiano, a educação da infância e da juventude era a própria formação do militante fascista: da incorporação aos “Filhos da Loba”, aos 6 anos de idade, à adesão aos “Jovens Fasci (grupos) de Combate” - os balilas -, aos 18 anos. Atualmente, o MST utiliza modelo fascista semelhante nas escolas de base de seus acampamentos (Leia “A pedagogia do gueto”, do jornal “O Estado de S. Paulo”, 11 Jun 1998), com recursos de várias ONG e do PRONERA, e apoio de entidades como a CNBB, o Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB) e a própria ONU (UNICEF), e com a omissão dos governos estaduais e federal. Em Veranópolis, RS, o MST montou a Escola Josué de Castro, escola-piloto para preparar para o magistério exclusivamente jovens assentados ou acampados. Veja em Usina de Letras: Adestramento, Autoritarismo falangista, Movimento de Massa, Novilíngua, MST e ONB.



(5) Diplomacia de cruzeiro - Política do “Big Stick” norte-americano, autoproclamado “polícia do mundo”, como nos ataques da “ONU” contra o Iraque (1991) e da “OTAN” contra a Iugoslávia (1999), utilizando mísseis de cruzeiro “tomahawk” (cruise missile) e destruindo toda a infra-estrutura de ambos os países – moderno terrorismo de Estado. A Anistia Internacional acusou a OTAN de crimes de guerra, devido a seus ataques indiscriminados contra alvos civis, matando mais de 5.000 pessoas na Iugoslávia. Veja em Usina de Letras: Governança global, Guerras americanas, Síndrome dos Bálcãs, Síndrome de Nova York e www.olavodecarvalho.org/sseal/gmundial.



(6) Orçamento Participativo - Mecanismo de manipulação política, através do qual o Partido dos Trabalhadores (PT) busca aprofundar a estratégia revolucionária leninista conhecida como “Dualidade do poder”. As organizações sociais e de bairro, à primeira vista voluntárias, com representantes ritualmente eleitos, são na realidade cooptadas pelo Partido-Governo. As decisões do “Orçamento Participativo” são tomadas não pela população das regiões em que se dividem a Capital e o Estado (caso do Rio Grande do Sul), mas pelos ativistas do Partido e pelos “quadros políticos do governo”, municipal e estadual, remunerados com dinheiro público, que também “monitoram” os debates, sob controle do Partido. Com isso, os ativistas do PT buscam progressivamente solapar e esvaziar a autoridade dos corpos legislativos. Tarso Genro reconheceu que o “Orçamento Participativo” foi concebido para operar uma “transferência de poder para a classe trabalhadora organizada” e substituir gradativamente “a representação política tradicional, vinda das urnas, pela democracia direta”, acrescentando que esse mecanismo político havia sido constituído sobre “princípios gerais, originários da Comuna de Paris e dos sovietes” (in “Totalitarismo Tardio – o caso do PT”, de José Giusti Tavares e outros; pelo conteúdo do livro, Tavares foi processado pelo PT do Rio Grande do Sul). Segundo dados oficiais, apenas 1,3% da população comparece às assembléias do “Orçamento Participativo” de Porto Alegre, RS. Com esse número reduzido de petistas, que se reúnem com qualquer número, debatem e decidem sem qualquer regra fixa, o PT pretende substituir a democracia representativa municipal de 33 vereadores, cujos mandatos foram obtidos com o coeficiente eleitoral de 22.750 votos. A Constituição do Estado do Rio Grande do Sul enuncia, no Art 5º, Parágrago 1º, o princípio de que “é vedada a qualquer dos poderes delegar atribuições.” Veja em Usina de Letras: Adestramento, Antiglobalização, Balilas, Comuna de Paris, Comunismo, FSM, FSP, Guerra de movimento, Guerra de posição, Guerrilha desarmada, Ideologia, Marxismo, Movimento de Massa, MST, Novilíngua, PCB, PC do B, Poder paralelo, Politicamente correto, PT, Revisionismo e Stalinismo.



(7) CDR - Comité de Defensa a la Revolución (Comitê de Defesa da Revolução Cubana). A partir dos 14 anos de idade, todos os cubanos são obrigados a aderir ao CDR. “Cerca de 8 milhões de cubanos são membros do comitê de defesa da revolução de seu quarteirão, dirigido por um ‘presidente, um responsável pela vigilância e um responsável ideológico’. Além de seu papel de vigilância ‘dos inimigos da revolução e dos anti-sociais’, os cerca de 120 mil comitês que controlam o país ‘constituem uma grande força de impulsão para mobilizar o bairro por ocasião das reuniões e desfiles para defesa da revolução’, afirmam os textos oficiais” (CUMERLATO, Corinne; ROUSSEAU, Denis. “A Ilha do doutor Castro – a transição confiscada”. Editora Peixoto Neto, São Paulo, 2001, Tradução de Paulo Neves, pg 55). Não é de admirar que o povo cubano vá em massa às ruas para apoiar Fidel Castro; ninguém teria coragem de contestar “el comandante”. Nas eleições para presidente, Fidel costuma ter 100% dos votos dos delegados – uma marca que, certamente, nenhum Papa teve até hoje, mas que o “plebiscito soviético” sobre a ALCA, encabeçado pela CNBB, em setembro de 2002, chegou perto. Veja, em Usina de Letras, Cambio Cubano, Círculos Bolivarianos, FDHC, Pinar del Río e UMAP, e acesse www.bpicuba.org, www.cubafreepress.org, www.cubanet.org, www.cubdest.org,



(8) Aspone – Assessor de porra nenhuma.



(9) Libélulas da USP – Trocadilho de LIBELU (Liberdade e Luta). A LIBEULU era um grupo estudantil-lambertista, que atuava na USP (Pierre Lambert foi um dos ideólogos da IV Internacional - Trotskista). A USP foi fundada em 1934, no Governo Armando Sales de Oliveira, e nesta, a Faculdade de Filosofia e Letras, que se tornaria, com Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso e Octávio Ianni, numa das matrizes de difusão do Marxismo. Emir Sader, Marilena Chaui, Maria Aparecida de Aquino, Leandro Konder e Paul Singer destacam-se entre as “libélulas” hoje atuantes na USP, além de FHC, que alçou vôo “extra muros”. Aprecie um “bate-asas” da “libélula” Marilena Chaui: “A imprensa? Não, pois embora os jornalistas aspirem pela universalidade e desejem ser guardiães da moralidade pública, trabalham para uma particularidade, a empresa capitalista de que são funcionários. Na medida em que insistem em fazê-lo, transformam a imprensa, no melhor dos casos, em igreja e, no pior, em servidora de interesses totalitários, uma vez que não reconhecem ao fato político ‘sua necessária aura de amoralidade’ e ‘zonas de indefinição’ (...) E fazemos o jogo da chamada ‘tolerância passiva’, em que toleramos o governante que nos engana porque é ele quem faz as regras da ausência de regras” (Marilena Chaui, in “Acerca da moralidade pública”, Folha de S. Paulo, 24 Mai 2001). Veja em Usina de Letras: LIBELU, FSM, FSP, Marxismo, UIE, UNE e USP.



(10) MIR - Movimiento de Izquierda Revolucionaria (Chile): criado em 1965, com a meta de alcançar o poder político via luta armada. Participou do Governo Allende (1970-73), para a preparação de um autogolpe, para implantação do socialismo, o que foi evitado pela intervenção das Forças Armadas, com o general Pinochet à frente. O sociólogo Emir Simão Sader, uma das “libélulas” da USP, foi “militante” do MIR. Em 1989, o MIR participou do seqüestro do empresário brasileiro Abílio Diniz, junto com o FPL de El Salvador. Veja em Usina de Letras: FPL, FPMR, GAP, Libro Blanco e UP.



(11) PT Pol - Trocadilho entre “Interpol” e “polícia do PT”, criado pelo Senador Esperidião Amin durante a “CPI dos Anões do Congresso”, em 1993. Amin estranhava a desenvoltura com que José Dirceu, deputado petista, apresentava documentos que só um espião poderia fazer – aliás, José Dirceu, Presidente do PT, é especialista em Informações, Contra-informação, Estratégia e Segurança Militar, com treinamento em Cuba, e fez parte do MOLIPO, grupo terrorista criado pelo Serviço Secreto cubano. Veja em Usina de Letras: ALN, Foquismo, Frades dominicanos, OLAS, OSPAAAL, MOLIPO e Pinar del Río.





Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui