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Artigos-->Lei alguma pode salvar a língua portuguesa! -- 23/09/2002 - 14:58 (Clóvis Luz da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não há, do ponto de vista da Linguística, motivos para a coerção do uso indiscriminado de expressões estrangeiras, mormente do idioma inglês, quando há seus termos correspondentes em nosso idioma.



Usemos o termo DELETAR como exemplo de como o significado de uma palavra é superior à sua forma escrita, não sendo portanto perigoso o uso indiscriminado de estrangeirismos para a língua portuguesa.



O ilustre deputado que queria, por força de lei, preservar o idioma portugûes, foi motivado talvez pela ignorância por falta de uma assessoria especializada em Linguística que lhe pudesse explicar que muitos termos na língua Inglesa e Portuguesa têm origem comum, como é o caso de DELETAR, originada do latim DELERE, que significa APAGAR, DESTRUIR; daí em nossa língua o termo deletério, destrutivo, dentre outros.



Do lado dos que discordam do deputado, a ignorância é quanto o caráter invasivo de uma língua, cuja imposição, que não ocorre da noite para o dia, pode muito bem determinar a extinção de uma outra, se não houver mecanismos que a preservem - e creio duvidoso tal possibilidade, a “proteção” compulsória da língua. A própria extinção do Latim enquanto instrumento vivo de comunicação numa sociedade linguística é prova da possibilidade de uma língua sucumbir à outra.



Não é de todo absurdo afirmar que Inglês pode ser a língua mundial efetiva dentro de alguns séculos, ainda que as línguas suprimidas contribuam com elementos para o novo idioma tanto quanto o Latim se mantém identificável nas línguas que originou.



Tal supremacia do inglês no mundo será realidade desde que os falantes das línguas que hoje sofrem sua influência passem a utilizar as variantes possíveis a partir de construções comunicativas apoiadas em termos e expressões da língua inglesa, configurando um processo de assimilação gradativa, culminado na “vitória” total do novo idioma.



E no caso de isso ocorrer, a única maneira de se manter viva nossa língua da forma como hoje a conhecemos será através dos meios materiais de gravação que a tecnologia possibilitará; e os que irão falar esse idioma novo, certamente não sofrerão qualquer impacto, visto serem sujeitos no processo histórico de construção de sua língua, que será SUA língua na medida em que for ela competente para produzir a comunicação necessária à convivência numa sociedade; tanto quanto somos nós os que hoje nos defrontamos dia-a-dia com a força cada vez mais avassaladora da língua inglesa, invasivamente para uns, naturalmente para outros.



A História mostrará quem tinha razão nisso tudo.

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