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| Poesias-->SIMULACRO -- 05/10/2006 - 19:07 (Andarilho) |
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Número do Registro de Direito Autoral:131151910984051000 |
SIMULACRO
Silva Filho
Rasgue-se o véu do lúgubre cenário
Rasguem-se as vestes invisíveis
Rasguem-se as carnes insensíveis
Na sombra do inútil lampadário.
Mordam-se as bocas dos amantes
Línguas enroscadas qual serpentes
Comam-se as carnes coniventes
Fundam-se os corpos cavalgantes.
Cruzem-se palavras indecentes
Troquem-se olhares desvairados
Calem-se paixões subjacentes.
Movam-se as sombras desnudadas
Abram-se as portas e janelas
No palco – só as flores amassadas.
/aasf/
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