A Usina tem sido para muitos um palco iluminado no qual pretendem, por todos os meios, atrair os holofotes (no caso, uma alusão metafórica aos olhos dos internautas)sobre si, sendo a picuinha, a intriga, o disse-me-disse -- coisa de cabeças-de-bagre que não têm mais a fazer senão encher nosso “saco” com besteiróis e outras azucrinações -- suas armas prediletas.
Felizmente, à exceção dos episódios lamentáveis por conta dos “intrigautas”, existem aqueles soldados que lutam o bom combate, com dignidade e honra, lançando mão daquilo que, por ser a mais nobre, serve-lhes de arma: a poesia.
Aos poetas da Usina, dentre os quais NÃO me incluo, rendo minha homenagem especial (mais uma) no dia do escritor.
Afirmo que não sou poeta com a mesma convicção com que sei também não ter sido o grande Machado de Assis, que, ainda assim, vez ou outra escapava de sua magnífica prosa para flertar com o verso. Assim como, no outro extremo, Carlos Drumonnd, poeta por excelência, mantinha um frutífero “affair” com a prosa.
Conversando com um escritora, disse-me ela que a poesia, diferentemente dos textos em prosa, tem que vir do fundo da alma, dependendo muito mais da emoção do que da razão, e que percebia em meus textos uma prosa “competente” porém com pouca poesia.
Aí pensei: será que eu não sou poeta porque não tenho alma, ou, tendo-a, não tem ela um fundo...?
Não é isso. Deus deu talentos aos homens, e se eu, no dizer de Zé Pedro, “cometo” algumas poesias é devido a uma insistência quase juvenil. E já estou grandinho o suficiente para perceber que essa não é a minha seara, não é o meu campo de batalha.
Eu os admiro, Poetas de verdade. A alma de vocês é imensa, por isso continuem navegando no mar da poesia, já que, como disse o Pessoa, no caso de vocês vale a pena...
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