Minha vida, podre e odiada, está intertida e afogada numa
pocilga.
E em meio aos porcos estou limpo.
E livre dos verdadeiros PORCOS, que fedem, mentem e me injeitam
por não querer me sujar naquela lama repleta de individualismo,
guerras, sorrisos amargos e choros reprimidos.
E lá na singela pocilga aprendi a não sentir falta dos "limpos"
porcos sujos. E os "sujos" porcos limpos de lá mimaram-me, sujaram-me
com a mais doce das lamas e adaptaram-me naquele meio.
Até que um dia, de lá da pocilga dos limpos porcos sujos e
hipócritas, veio uma porca e limpa, que quis me limpar, me beijar e me
amar... Daí então vivemos felizes para sempre. |