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Poesias-->FESTA PROIBIDA -- 27/08/2006 - 19:42 (GERALDO EUSTÁQUIO RIBEIRO) |
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FESTA PROIBIDA
Começa mais uma festa patrocinada pelo governo,
as luzes enfeitam a cidade,
o brilho ofusca a simplicidade
do trabalhador que não pode entrar.
Porque o preço é proibitivo
para quem é assalariado
para quem é honesto.
Como pagar para entrar
se precisa ser acompanhado
da mulher
e pelos filhos?
Mais uma vez o dinheiro do povo
é usado para promover
festas para poucos que nada representam
a não ser um voto,
que se pode comprar
de quatro em quatro anos
com uma cesta básica,
uma camisa barata
ou com um simples aperto de mão.
Se ninguém fizesse o sacrifício,
se todo assalariado se negasse a pagar,
a festa seria vazia
o parque ficaria deserto
o político se sentiria abandonado
pelo povo que o elegeu
e que ele abandona
todos os dias
e todas as vezes que promove festas
onde assalariado
é proibido entrar.
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