HORIZONTES
No claro céu,
que talves seja azul
ou talves não,
olho pro lado sul
do meu coração
e não te vejo.
Calado corpo,
fugiu-te o desejo.
No imenso mar,
que talves seja verde
ou talves não,
tento agora vêr-te
nas ondas, em vão.
Peixes, sereias
em risos e ironias,
das dores alheias.
A terra, não quero.;
cansei do olhar perdido,
que em cores muitas,
se desfaz sofrido.
Só enxerga além
do céu, do oceano.
Às vêzes, vê alguém.;
tolice, triste engano.
03/08/06 |