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Contos-->Flagrante de Adultério (o primeiro amante) -- 14/06/2005 - 19:22 (CARLOS CUNHA / o poeta sem limites) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos







Tantos anos de casados, os filhos já crescidos e independentes.
Tudo tinha começado quando ela ainda era uma menina inocente. Apaixonara-se, entregara-se ao homem que estava amando e as suas juras de amor eterno! Acima de tudo acreditara nelas e agora aquilo lhe estava acontecendo...






Flagrante de Adultério

(o primeiro amante)






Não dava mais pra segurar! A relação dos dois tinha chegado ao fim, pois já a bom tempo estava pautada pela desconfiança e aquela tinha sido a gota final. Tinha sido algo terrível para ela, que matou aos poucos seu mundo de afeto o secando e murchando até que não restasse mais que a casca vazia da aparência entre eles. Aquele tinha sido o segundo flagrante que ela dava em seu marido quando este a traía. O primeiro tinha sido com a empregada e agora o tinha encontrado na cama uma de suas melhores amigas.
Foi por causa da habilidade que ele tinha em conseguir dar a volta aos assuntos, que o ponto de ruptura não foi atingido naquela primeira vez. Ele disse que a empregada o seduzira com uma conversa chorosa e ela apenas os apanhara dando um beijo fugaz.

- Ela aproveitou-se de mim no momento em que eu apenas queria lhe dar um apoio num episódio difícil que dizia estar a passando...

Mas agora não havia mais argumentos. Justo a sua melhor amiga deitada nua com ele na mesma cama que realizavam suas noites de amor. Não havia desculpa que ele pudesse arranjar.
Lágrimas de raiva surgiram-lhe nos olhos e ela cravou as unhas nas palmas das mãos. Estava realmente possessa! Pensou em entrar e derrubar tudo, mas afinal o que isso adiantaria? Voltou para trás, desceu as escadas sem fazer nenhum ruído e saiu de casa.
Ao ver-se lá fora se sentiu estranhamente calma. Naquele momento a sua mente era um mar de confusões e ciúmes. Abriu a bolsa, retocou a maquiagem e foi para o escritório. Lá teve uma tarde horrível, em foi obrigada a ir várias vezes ao banheiro para retocar novamente a maquiagem por causa das lágrimas que toda ora caíam dos seus olhos.
Quando entardeceu voltou a pé para casa, com intenção de retardar ao máximo sua chegada a ela, e parou em vários lugares pelo caminho. Estava quase nela quando entrou num restaurante e sentou-se sozinha numa mesa, pediu uma bebida e se pos a meditar:

“Que farei agora? Não há mais amor em mim, mas ele é rico e me dá conforto e segurança. Posso “levantar o barraco” e pedir o divorcio, mas o que tenho a ganhar com isso? Se ao menos encontrasse uma maneira de fazer essa dor que sinto não ser tão forte”.

Nesse momento, em que era atormentada por esses pensamentos e dúvidas, reparou que um homem que trajava um terno claro olhava para ela, na mesa ao lado, e que seus olhos negros era um espelho do grande interesse que sentia por ela. Fixou seu olhar no dele e lhe deu um sorriso meigo enquanto pensava:

”Mas é tão fácil aliviar esta dor... É só pagar o desgraçado com a mesma moeda!”.

Ela chegou a sua casa bem tarde naquela noite e o marido já estava dormindo. Não o acordou, deitou-se ao lado dele e viu que não sentia mais raiva. Custou a dormir e passou o tempo, de espera pelo sono, a relembrar os momentos maravilhosos que tinha passado nos braços de seu primeiro amante.





"Amor com amor se paga, só que a mesma lei é válida para o desamor e a traição"







CARLOS CUNHA






CARLOS CUNHA / o poeta sem limites

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