Eu sentia!
Era uma dor latejante,
sem cura,
estonteante,
fria,
incomensurável!
Sinto essa sensação
sem nexo no descompasso
da convivência porque tudo
não vale a pena com a sua presença!
Somos indesejáveis com a dor!
Lamúrias,
gemidos,
lágrimas sem um significado,
ela é tudo e é nada...
apenas dor!
Choramos por tudo e
por esse nada,
apenas sentimos pungir sem demora e,
no desespero da espera de findar com ela,
abrigamos qualquer iniciativa que não se
demore para extenuar o sofrimento!
Dor de gente que nem é gente,
mas ocupa similar espaço dentro e
assinala fora nas marcas que fincam no rosto
ficando no chão cicatrizes de um pranto!
A gente com dor na dor de gente!...
São dores que não são só minhas,
são suas,
são nossas e
que marcam suspiros na
relação de abandono do grito que não alivia!
Dores suas que não se eternizam,
mas permanecem sem cura!
©Balsa Melo
10.07.06
Cabedelo -PB
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