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Teses_Monologos-->O códice do futuro . parte 2. -- 15/03/2003 - 11:02 (Jose Angelo Cardoso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Podemos definir o livro numa acepção mais ampla, como sendo todo e qualquer dispositivo através do qual uma civilização grava, fixa, memoriza para si e para a posteridade o conjunto de seus conhecimentos, de suas descobertas, de seus sistemas de crenças e os vôos de imaginação. Estou aqui hoje no bairro de São José do Albertópolis - Guaira. E estou analisando, nunca é demais louvar os livros. Eles são como disse o poeta, a carne da alma e, em determinadas circustâncias, podem ser mais do que isso. A cultura do manuscrito está longe de ser uma cultura menor ou mais limitada do que a tipográfica. A cópia de livros era considerada um trabalho intelectual na Idade Média, ademais, não podemos nos esquecer de que, até o século XV toda literatura existia, antes de mais nada, para ser recitada em público e o manuscrito era apenas um instrumento acessório dessa vasta e influente cultura oral, que nos deu pensadores como Pitágoras, Sócrates e Demócrito e poetas como Homero e os trovadores medievais. Do século V a.C. até o século XV de nossa era, o livro esteve associado ao trabalho do escriba ou copista, que o forjava através de uma laboriosa escrita e de invulgares iluminuras em rolos de pergaminhos, papiro, velino ou papel de linho. Nem sempre o livro tinha um autor. Quando tinha, o autor isto é, o poeta, o filósofo, o cientista, não era propriamente aquele que escrevia : ele apenas ditava seus pensamentos aos escribas, que depois os editavam em livros, naturalmente de acordo com o maior ou menor refinamento literário de cada um. O projeto da Enciclopédia influenciou profundamente a própria história do livro. Não apenas deu o modelo dos chamados livros de referência ( dicionários, manuais e as próprias enciclopédias ), como também contribuiu para um certo aperfeiçoamento da própria idéia do livro. Muitos livros hoje produzidos, sobretudo nas diversas áreas da ciências ditas exatas, utilizam procedimentos inspirados na Enciclopédias. Informações paralelas, ilustrações detalhadamente comentadas, glossários minuciosos, bem como índices analíticos e onomásticos sofisticadíssimos, que possibilitam entradas não lineares no texto. Mas a idéia do livro-maquina teria que desembocar na máquina propriamente dita, no computador, onde daria nascimento a obras eletrônicas audiovisuais e não-lineares, com acesso aleatório a qualquer de suas partes, dotadas de mecanismos de busca extremamente avançados, construidas sobre estruturas tridimensionais simultâneas, que permitem dispor vários textos na tela ao mesmo tempo, para leitura comparativa, ou abrir na tela janelas através das quais se pode visualizar outros trechos relacionados ao texto atualmente exibido, obras, ainda, que se pode distribuir e acessar por via telefônica ou por ondas eletromagnéticas, através de bibliotecas virtuais informatizadas. Na verdade, a história do livro sempre esteve associada a dispositivos de escrita ou de leitura, de modo que a assimilação da idéia do livro à tecnologia do período não é privilégio de nosso tempo. Resta uma última questão a examinar . Por que o livro impresso é substituído por dispositivos informatizados de leitura, por livros-máquinas ou livros eletrônicos interativos que trafegam em cabos telefõnicos ou ondas hertzianas ? Pode-se explicar esse fenômeno sob um enfoque econônico, como uma estratégia das multinacionais da eletrônicas e da informática para monopolizar todos os mercados. Mas isso seria uma extrema simplificação. -José Angelo Cardoso.-Poeta, contista , artista plástico. Continuação na parte 3. Atenção.
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