Intrusa!
Cerrei todas as entradas tentando coibir sua existência!
Silencie meus gestos por não suportá-la mais!
Segurei a cabeça entre as mãos num desespero profundo!
Meus olhos não suportavam a sua sobrevida!
Desejei que a posologia fosse o seu fim!
Soberba!
Estremece minhas entranhas!
Em todos os lugares eu me sinto incomodado!
Não consigo me livrar de você!...
Tento cuspi-la,
suspirá-la,
amassá-la,
chorá-la,
mas tudo se denota inerte!...
Dor, oh dor! como maltrata minha vida
neste recôndito mundo do meu corpo!
Não é física e finda sendo!
Não é perceptível aos outros olhos,
mas os meus lacrimejam!
Não é palpável,
mas minhas mãos são trêmulas!
Não é dizível embora eu rabisque tantos sentimentos
deletérios à minha hora que vive um sopro de solidão!
Vou chamá-la simplesmente de dor...
dor de gente!
©Balsa Melo
13.05.06
Cabedelo - PB
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