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Cartas-->grande RODRIGO CONTRERA -- 20/07/2001 - 03:57 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
mais um belo texto ("A voz e a idade de João Gilberto") cheio de tantas surpresas,
você, já dono de uma voz própria, de timbre muito
agradável aos meus ouvidos, tão insistentemente
feitos de penicos nos dias que correm (o alarido é geral!)

você consegue descobrir novos modos de falar sobre o, aparentemente apenas, já dito à exaustão (só relembrar as trocentas e tantas jantas abaianadas de Caetano e de Gil, e o tanto que ainda não se sabe)

bem lembrada a presença rediviva de Tom Zé, a
nossa grande fênix, saída dos tons cinzas que
acabaram dominando esse bolero com notas demais,
isso que (argh!) ficou com nome de sigla:
a (quase ia dizendo "nossa") MPB

coincidentemente, falava há pouco ao telefone com
a cantora Cida Moreira, e comentávamos sobre o
disco novo da Ná Ozzetti, só com sambas-canções
dos anos 30, 40, 50

a própria Cida Moreira está desenvolvendo um trabalho que contempla o melhor da canção brasileira em todos os tempos (ela é uma das artistas com a consciência mais aguda de ser parte de uma outra história, de um milagre que ainda não estamos vendo)

entre outras lamúrias, deplorávamos que alguns
ainda acreditem ser possível fazer, no Brasil, uma
carreira como as dos cantores do rádio, ou como
as dos cantores da televisão, e que isso acaba por comprometer tantos bons trabalhos

parece que, daqui por diante, só vai ser possível
mesmo uma carreira para públicos bem restritos e definidos (a própria Cida Moreira é isso; e Ná Ozzetti não deveria deixar de ser isso)

o sonho do sucesso vem sendo meticulosamente explorado pelos mídia, e é isso que aí está, não adianta bufar, e nem tem muito para onde ir: são 15 minutos (dolorosos para os nossos penicos cansado, é verdade!) de fama, e milhões de brasileiros com fome de quase tudo o que exporta, inclusive (ai de nós, síntoma gravíssimo!) de suas mais decantadas contribuições artísticas ao resto da humanidade: música e futebol

em entrevista que fiz com o saxofonista Proveta,
da Banda Mantiqueira e de tantas outras bandas,
ele admitia justamente isso: a MPB chegou aos
grandes estádios, deu grana a uns poucos e deu com
os burros n água

o enorme Proveta, com seus 20 anos de estrada,
acredita que há público para todo mundo (só falta
colocar todo mundo ao alcance de todo mundo, eu formulo)

o sonho da MPB durou o que durou, deu no que deu, mas também se acabou ("que afinal passou depressa como tudo tem de passar", diz a letra do Gil roqueiro), esse sonho que já era, na
nascente, e assumidamente, um arremedo, ou vários

bem, isto já vai quase virando mais um ensaio, às cegas

e, ao final do teu texto, mais essa surpresa de uma dedicatória ao meu nome, que para mim significa, muito mais, uma dedicatória à nossa amizade, possível graças à net, mas sobretudo graças à escrita, à literatura, o que significa dizer, graças às virtualidades inesgotáveis desse animal renitentemente terno que é o ser humano (sorte!)

os teus textos são, para mim, documentos dessa verdade

e espero que sejam lidos por cada vez maior número de pessoas

um grande abraço do teu leitor

zé pedro antunes
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