Vou destilando o pranto!
Gota caindo manchando o riso!
Pranteio o sol olhando o chão!
Embebedo as mãos de tanto
 .; acenar pedindo para ficar!
Destilo a dor com o grito
que aperta a garganta!
Lembro-me de tudo embora
 .; fosse preferível não relembrar,
 .; mas viver em saudades,
às vezes,
me brota o riso!
Sorriso do rouco som do grito
da lágrima que espatifa meus sonhos!
Vou com o pranto,
chego com ele,
ausente dele e
por você!
Destilo nossa história inacabada e
ininteligível!...
Embriago-me porque ela
 .; entorpece o coração,
escurece a alma e
define a minha tristeza numa
 .; indelével resistência de vida!
Sigo como tudo segue na vida,
mas sei que me atrevo seguir
 .; faltando uma parte de mim!
Tropeço para não ficar nos vários
motivos que me sepultam preferindo
sobreviver destilando este desabafo,
mas sei que ele um dia
poderá tocar sua alma e
quando ela souber que o
mundo inteiro ecoa o meu grito,
quem sabe,
verei seu rosto ultimando a nossa alegria!
©Balsa Melo
29.04.06
Cabedelo - PB
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