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Poesias-->O NOVO MUNDO -- 19/04/2006 - 09:19 (Armando A. C. Garcia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:131005770912378700
O NOVO MUNDO



Os caminhos do Atlântico





Enfrentar o incomensurável oceano

Seguindo caminhos que ninguém ousara,

Por roteiros nunca antes navegados

O intrépido, povo nauta lusitano

Dando impulso à aventura desbravara

Reprimindo medos e temores ignorados



O movimento da conquista dos mares

Caminhos até então impossíveis trilhar

Por mares escarpelados e agitados,

Que só afinada prática de anos no mar

E uma acurada leitura estelar

Somada à destreza e instrumentos usados



Orientados pela bússola e o astrolábio

Os guiou singrando os mares desconhecidos

Envolvidos pelo espírito das cruzadas

Milagrosamente quis o destino sábio

Sucesso na missão, nautas destemidos

A expansão ganhou forças redobradas



Finalmente enfrentando o longo mar

Navegando nele por mais de um mês

Seiscentas e sessenta léguas percorrer

Avistaram algas abundantes sem par

Sinais de terra a quatro milhas talvez

Sua esperança se fez rejuvenescer





A Descoberta





Frente a frente, abriram-se novos horizontes,

Quando aos vinte e dois de abril de mil e quinhentos

Avistaram um grande monte, alto e redondo

Ao sul terra chã, e mais baixos montes

Grandes arvoredos de espécies aos centos

E aí as naus ancoraram, não se expondo.



E amainando as velas desembarcaram

Na terra que chamaram Vera Cruz

Na praia, nativos nus, eles avistaram

E com prudência redobrada lhes falaram

Por sinais, um sombreiro e um capuz

Que no primeiro contato lhes jogaram



Ao que um deles retribuindo a oferta

Arremessou um penacho de papagaio

E assim recebidos em paz aguardaram

Novo dia p’ra pisar terra descoberta

Onde nativos nus, impávidos como raio

Ocultar suas vergonhas, jamais pensaram



Sem fé, sem lei, sem rei, esse povo era assim

Entre eles não tinham bens particulares

Moravam em cabanas muito grandes

Tudo era comum em seu viver alfim

Cada um senhor de si, de seus polegares

Não conheciam o ferro, nem flandres



Foi aí então, que dois mundos separados

Por séculos... milênios se encontraram

O pré-histórico e o mundo civilizado

Perante o futuro ali foram marcados

Os primeiros sinais que ao mundo levaram

O conhecimento de um povo ignorado







A TERRA DE SANTA CRUZ

E a Pré-Colonização





Aquilo que uma ilha lhes parecia ser

Era quase um continente em extensão

De exuberante fauna e densa flora

Com espécies desconhecidas a crescer

A cada caminhada, a cada exploração

Como nunca tinham visto até outrora



Terra descoberta de índios povoada

De Jês, Caraíbas, Aruaques e Tupis

Frondosos rios, cachoeiras e cascatas

Era terra muito fértil se plantada

No sub solo ouro, prata e rubis

Riquezas conhecidas, frondosas matas



Somente o extrativismo do pau-brasil

Foi a princípio o achado primordial

A extração e o embarque da madeira

Eram pagas aos índios com preço vil

Através de bugigangas, et cetera e tal

E o escambo era a moeda costeira



Os termos do o Tratado de Tordesilhas

Os franceses não reconheciam válido

E grupos de corsários diretamente

Enchiam embarcações até às escotilhas

Negociado com os índios a valor esquálido

Prejudicando os lusitanos certamente



O que levou a Coroa portuguesa

Em mil quinhentos e dois a terras arrendar

A comerciantes como Fernando de Noronha

Em troca de benfeitorias à realeza

Para explorar pau-brasil e negociar

Parte do lucro que o arrendatário sonha



As incursões freqüentes dos franceses

E outros europeus à terra descoberta

Levou o Reino de Portugal a organizar

Expedições para expulsar maus fregueses

Insuficientes ao que a cobiça desperta

E só a destemida esperança os fez parar







DEGREDADOS E SOBREVIVENTES DE NAUFRÁGIOS



A Colonização Acidental





Diogo Alves Correia na Bahia naufragou

Em mil quinhentos e dez, ali ficou perdido

Casou com a filha do maior chefe guerreiro

Teve filhos e outras mulheres esposou

Pelos Tupinambás muito querido

Se à valentia da morte foi herdeiro



João Ramalho no litoral de São Vicente

Deu mostras iguais de força e valentia

Casou com Bartira, filha de guerreiro

Muitas concubinas, índias certamente

Jamais podia mostrar fraqueza e cobardia

Perigo não assusta o velho marinheiro



E milhares de degredados portugueses

Aos sobreviventes de naufrágio somados

Facilitaram a defesa e a ocupação

E uma integração sem elmos e arneses

E às condições dos índios adaptados

Os jesuítas deram início à missão.







A Escravidão Indígena





O que seria a conquista espiritual

Tornou-se desde logo escravidão

Impondo ao povo índio a tortura

Pela violência, matança sem igual

Ao invés da prometida salvação

Deram ao povo a canga e o timão



Constrangendo comunidades inteiras

A entregar parcelas de sua produção

Prestar serviços temporários gratuitos

Foram estas as exigências estrangeiras

Impostas aos donos da sua própria nação

Sufocando pela espada os seus gritos



Os passos dos primeiros brasileiros

Foram assim cruéis e tenebrosos.

Racionais e bem mais organizados

Impunham-lhes sacrifícios verdadeiros

Atrocidades e ardis pavorosos

Donos da nação foram escravizados



E aos poucos os povos primitivos

Iam sendo expulsos ou dizimados

Da terra descoberta e explorada

Passando por intrusos os nativos

Das terras iam sendo desapossados

O vilão de tudo se enaltece na tomada



Em nome do cristo pilhavam inocentes

Conspurcando toda dignidade humana

Com o uso de atrocidades selváticas

Procedimentos que são tão intolerantes

Quanto o incesto e a sodomia na cabana

O canibalismo, e todas suas práticas



As violências cruéis executadas

Com matanças, incêndios e escravidão

Reduzindo povos livres à dependência

Praticados por pessoas civilizadas

Demonstra terem menos evolução

Do que os índios que imploravam clemência



E assim, a gente a que se referiu Caminha

De santa inocência, segundo as aparências

Teve transformada a sua simplicidade

Porque a obra dos cristão foi tão mesquinha

Derramando ódio, semeando violências

Como tem feito ao longo da humanidade



Levou os índios em sua auto defesa

A passarem a ser cruéis e sanguinários

Porém, não tanto como os dominadores

Que os perseguiam com tanta safadeza

Que se mais houvesse mais seriam

Sacrificados em nome dos valores



Das grandes qualidades e da moral

E por ser fraca a força dessa gente

Impunham regras para eles desconhecidas

Como se seu viver não fosse natural.

E com a lança e a espada, geralmente

Faziam as suas leis serem cumpridas



A busca de metais preciosos, ouro e prata

Riquezas mil, diamantes e esmeraldas

E a mão de obra dos senhores de engenho

Intensificou-se na escravidão pirata.

A bandeira que foi luz já não desfralda

E o timão que os guiou, passou a lenho.





O ciclo do ouro





E aquilo que uma ilha parecia ser

Era quase um continente em extensão

De exuberante fauna e densa flora

Com espécies desconhecidas a crescer

A cada caminhada a cada exploração

Como nunca tinham visto até outrora



Rios e arvoredos em profusão

Frondosas cachoeiras, lagos e cascatas

Com a descoberta de ouro e diamantes

No velho mundo, provocou repercussão

Dois séculos após a exploração das matas

O achado de riquezas importantes



Homens e mulheres, uns novos, outros velhos,

Plebeus e nobres, fazendo fuxicos

Clérigos e religiosos de várias seitas

Na terra descoberta meteram o bedelho

Pois todos queriam fortuna, ser ricos

O caminho das minas, doses perfeitas



A busca do ouro a desordem gerou

Quando no ano de mil setecentos e dez

Mil paulistas tentavam precaver-se

De setenta mil forasteiros. Fracassou

porque a coroa sem controle de lés-a-lés

Temendo sua opulência não os apoiou



Como resultado das crescentes desavenças

Ocorreu a dita Guerra dos Emboabas.

Mas de lavra em lavra, barranca em barranca

Os garimpeiros paulistas sem licenças

Na busca de outros campos, outras tabas

Buscaram jazidas, onde a lei é franca



Formavam uma população errante,

Que se deslocava ciganamente

Em busca do ouro aluvial ou de minas

Outros, levaram a pecuária adiante

Na vontade que o costume lhe consente

Se a tanto ajudassem prados e campinas





Escravidão no Brasil





Na primeira metade do século XVI

Teve início no Brasil a escravidão

Por navios negreiros conduzidos

Para mão-de-obra escrava dos coronéis

Nos engenhos de açúcar em servidão

Os negros da África eram trazidos



Na cana de açúcar ou minas de ouro

Tinham de trabalhar de sol a sol

Com alimentação de baixa qualidade

Recolhidos nas senzalas com desdouro

Acorrentados desde a noite ao arrebol

Seus senhores deles não tinham piedade



Mil castigos ainda lhe eram infligidos

Sendo o açoite entre eles o mais usado

Amarrados ao lenho eram chicoteados

Até ficarem prostrados, desfalecidos

Como se seu amo fosse recompensado

Por seus desatinos banais e impensados



As restrições eram tantas e tamanhas

Que mesmo apesar de acorrentados fugiam

Das sevícias continuas e desumanas

E aos poucos em inédita façanha

Criaram quilombos onde se protegiam

E onde a liberdade tinha forma humana



Foi na metade do século XIX

Os Ingleses, tanto tráfico haviam feito

Passaram a contestar a escravidão

Ditando lei que aprisionar aprove

Navio nessa prática ao mar afeito

Carregue em seus porões, dita nação



Só em mil oitocentos e cinqüenta o Brasil

Pôs fim ao ignóbil tráfico negreiro

Para vinte e um anos depois aprovar

A Lei do Ventre Livre com o perfil

Da liberdade. Foi o pendão pioneiro

Que a Lei Áurea acabou por expressar





TIRADENTES





O apagar das luzes do século XVIII

Com o esgotamento das minas a Coroa

Ávida na cobrança de impostos, instituiu

A Derrama que consistia pelo intróito

Cobrar de cada um com força de leoa

Uma quota d’ouro que suado auferiu



A Casa da Fundição foi reprimida

Tal punição, foi violência acesa

Quando morto seu líder Felipe Santos

A repressão à liberdade foi vencida

Pela influência da Revolução Francesa

Criou o desejo de liberdade, entre tantos



Surgiu um movimento pela liberdade

Na busca de igualdade e conhecimento

Sob o signo: “Liberdade ainda que tardia”

E no auge da expansão e densidade

Por um traidor, foi delatado o movimento

Em troca do perdão por tudo que devia



Joaquim Silvério dos Reis, era seu nome

Que levou à forca e ao esquartejamento

O alferes Joaquim José da Silva Xavier

A cabeça decepada até que o tempo consome

Fixada num poste, em puro atrevimento

Em plena Vila Rica, para estremecer



O anseio de liberdade e de igualdade

Que o pensamento filosófico Francês

Face à Revolução recente, acontecida

Influenciou esse grupo por liberdade

Clamando contra o domínio português

Que sufocado teve a chama extinguida



Dom JOSÉ I

A era do Marquês de Pombal





Em 1750, morre Dom João V,

Aquele que por fausto, luxo e poderio

Ao rei francês Luis XIV comparado

Deixa o reino em grave crise, faminto

De ouro e diamantes o cofre vazio

Tesouro que d’colônia havia transportado



Sucede-o Dom José I, bragantino

Que para o cargo de secretário de estado

Escolhe Sebastião José de C. e Melo

Marquês de Pombal por força do destino,

Para superar dificuldades do estado

E reerguer o combalido reino, com zelo.



Incentivou o comércio e a agricultura

‘streitou relações com a colônia Brasil

Capitanias hereditárias extinguiu

Ao desvio d’ouro e diamantes, linha dura

Enérgico e cruel, era seu perfil

Os Jesuítas de cá e de lá baniu



Transferiu a capital de Salvador

Para São Sebastião do Rio de Janeiro

Criou no Rio, o Tribunal da Relação

De companhias de comércio, ordenador

Adotou medidas em que foi o pioneiro

A controlar as jazidas e extração.



Em 1755, um terremoto

Arrasou toda a cidade de Lisboa

Na reconstrução imprimiu sua marca

E quando o povo ficou sem um proto,

2,5 milhões de toneladas de ouro amontoa

Milhões d’quilates de diamantes tira d’arca



E cheio de energia e dinamismo

Lisboa inteira a seus pés reconstrói

Dois anos após, falece Dom José I

Assume Dona Maria, sem civismo

Pela doença que sua mente corrói,

E aí o Marquês, foi o imolado cordeiro...





A Corte Portuguesa no Rio de Janeiro (1808-1821)

D. JOÃO VI







Aos 10 de fevereiro de 1792

Assume regência em nome de sua mãe

Dona Maria, em razão da doença

Em nome próprio, sete anos depois.

No ano sete, do século XIX, vem

A ameaça de invasão francesa, pretensa



Pois com o advento da Revolução Francesa

Uma luta contra os países absolutistas

Tinha iniciado e sentiam-se ameaçados

Por isso a vinda da coroa Portuguesa

Fugia às sanhas de Napoleão imprevistas

E ao Bloqueio Continental criados



Assim, às pressas nesse final de ano

Uma esquadra composta de oito naus

Três fragatas, vinte navios mercantes

Zarpa rumo ao Brasil cruzando o oceano

Acomodando quinze mil pessoas no caos

Aportaram em Salvador os viajantes



Com pulgas, piolhos, imundos e fedidos

Chegando um mês depois ao Rio de Janeiro

Final da travessia, do sofrimento

A corte se instala em prédios cedidos

Por ordem de lei determinando, primeiro

Dar o segundo bem aos migrantes sem assento.



Dom João, logo após aportar na Bahia

Assinou a Carta Régia abrindo os portos

Revogou a proibição de manufaturas

Abre tecelagens p’ra crescer a economia

Criou o Banco do Brasil e outros confortos

Oferecendo ao Brasil novas estruturas



Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves

Elevou. para, com a morte da rainha

Em mil, oitocentos e dezesseis, suceder-lhe

Com o título Dom João VI, sem adarves.

No Rio, foi coroado como convinha

E uma soberana nação, prover-lhe



A revolta de Pernambuco enfrentou.

Em 1821, regressou a Portugal,

P’ra acalmar ânimos dos reinóis indignados

Dom Pedro regente do Brasil nomeou

Passando a nação soberana. A antes colonial

Promovendo também importantes tratados.



Independência do Brasil



7 de setembro de 1822





O fato histórico de maior relevância

É o que marca a Independência do Brasil,

Não só pela conquista política

Como também pela grande importância

De marcar o fim do domínio servil

Ao governo que Tiradentes fez crítica.



O príncipe D. Pedro, teve sondado acesso

A fim de conquistar e obter sua adesão

À nobre causa para o poder da nação

E ao receber carta exigindo o regresso

Abolindo a regência, às Cortes disse não

Permanecer no Brasil, foi sua decisão



Assim a nove de janeiro de 1822,

Por um Brasil independente pronunciou...

- Se é para o bem de todos e felicidade

Geral da nação, diga ao povo que “Fico”

Nesta decisão, José Bonifácio se destacou

Quando a paz é almejada, há liberdade



Tomou medidas que desagradaram Sua Alteza

E à metrópole, pelo caminho que trilhava

À independência. Organizando a Marinha de Guerra

Repatriando todas as tropas portuguesas

E uma Assembléia Constituinte convocava

E que, sem o “cumpra-se” toda a lei caia por terra



Voltava de Santos, quando chegou ao Ipiranga

Paulo Bregaro correspondia lhe trazia

Dom Pedro agoniado por uma disenteria

Ao Padre Belchior pediu ler as cartas, de tanga

E tremendo de raiva, de volta as pedia

Pisou-as no chão e um grito se ouviu



Era sete de setembro a independência proclamou

Às margens do riacho do Ipiranga, oh! Céus !

Fazia um sol de verão, o céu cor de anil

O Príncipe desembainhou a espada e gritou

- Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus,

juro fazer a liberdade do Brasil”



A história diz que levantou a espada e gritou

- “Independência ou morte”, dístico de ouro

Que mandou seu ourives Lessa fazer

Numa fita verde a amarela o colocou

No braço, indo ao espetáculo sem desdouro

Quando foi chamado rei do Brasil, sem ser.



Primeiro Reinado (1822-1831)

D. PEDRO I





A Constituição de 1824

E o predomínio do Partido Português

E a oposição ao autoritarismo

Geraram momento crise, o retrato

Atrelado à baixa do preço dos cafés

Levou o Governo Imperial a um abismo



O liberalismo era oposto ao mercantilismo

Praticado pelos Estados absolutistas

E favoráveis à redução do poder

Dividindo em três esferas de civismo

Executivo, Legislativo e Judiciário

Na esperança de um equilíbrio obter.



Agravando a crise, em mil, oitocentos e vinte e cinco

Eclodiu a Guerra Cisplatina e a perda

Da província e a independência do Uruguai

O conflito durou três anos com afinco

Até que a tropa já cansada e lerda

Reconhecendo a independência sai



Deixando o governo mais enfraquecido

A insatisfação com os gastos militares

Desgaste aliado à outorga da lei maior

Ao grandioso empréstimo contraído

O Banco do Brasil indo pelos ares,

Fez crescer a oposição ao Imperador



E querer conservar o Poder Moderador

Gerou em seu reinado sérios conflitos

Agravada pelo problema financeiro

Minaram a popularidade do Imperador

Não conseguindo reverter estes atritos

Abdicou ao trono, do reinado primeiro.





Período Regencial

(1831 - 1840)



A abdicação de Dom Pedro criou um vazio

A nação continuou mergulhada no caos

Aumentando a incerteza quanto ao futuro

A disputa pelo poder. Verdadeiro desafio

Os ânimos se acirraram em todos os degraus

Foi para todos envolvidos um apuro



Os integrantes do partido brasileiro

Eram os moderados favoráveis às reformas

E os restauradores partidários a D. Pedro

Do partido português o escudeiro

E os liberais radicais de outras formas

Chamados farroupilhas, contra Pedro.



O agravamento da situação econômica

E o anseio de uma maior participação

Das camadas popular e da classe média

Duas correntes em disputa gnómica

Aristocracia rural em oposição

Aos liberais exaltados querendo a rédea



do poder. Eles que haviam-se aliado

Para derrubar D. Pedro do poder

Lutavam agora entre si, decepcionados

Ante a impossibilidade do fim colimado

Três as tendências políticas, a saber:

Restauradores, liberais e moderados



Nesse quadro de agitações políticas

Organizar o Governo era imperioso

De lês a lês, o clima era de agitação

Explodiam conflitos, sobravam criticas

Aguardando Pedro de Alcântara, majestoso

Atingir a maior idade e/ou emancipação



Neste período uma Regência Provisória

De setenta dias sua curta duração

Outra, com Bonifácio, a Trina Permanente

Por acerca de quatro anos na história

Quase cinco a Una, até à emancipação

Com Feijó e Araújo Lima à sua frente









Segundo Reinado (1840-1889)

D. PEDRO II







O período regencial que se prolongou

Por toda a década de mil, oitocentos e trinta

Foi uma das fases mais conturbadas da história

Que a unidade do império feriu e ameaçou

De tal forma que minha exposição sucinta

Não permite os detalhes de toda a trajetória



A ponto de introduzir o Ato Adicional

À Lei Maior para fortalecer o poder

Dando às províncias um mínimo de autonomia

Para não impor repto ao poder central

Como a revolução farroupilha em vigor

Criando a República Piratini, logo extinta



O movimento farroupilha Laguna,alcançou

No ano de mil, novecentos e trinta e nove

Onde instalou a República Juliana.

As tropas legais que Caxias comandou

Impôs derrotas nas batalhas que promove

O ponto final na guerrilha desumana



Havia ao mesmo tempo outras insurreições

A Cabanagem, luta entre Rio Negro

E Grão-Pará, atual Amazonas

Desejando de Belém separações.

Outra, a Baialada e, se todo esforço emprego

No Maranhão uma das vis intentonas.



Por grupo que se opunha ao Ato Adicional.

Outra insurreição chamada Sabinada

Ocorria em Salvador e Feira de Santana

Defendia a autonomia provincial

Querendo impor naquela situação gerada

Um governo de tendência republicana.



E foi entre as agitações políticas e sociais

E o perigo da divisão territorial

Que em junho de mil, oitocentos e quarenta

A antecipação da maioridade pelos liberais

Consta apreciação da Câmara em seus anais

Com menos de quinze anos, liberto da placenta



E assim, subiu ao trono Dom Pedro II,

Na esperança de agregar todas as tendências

Em torno do jovem, o novo Imperador.

Foi criado um ministério que a fundo

Governava tal qual, como nas regências

Face à prematura idade do Imperador



Os irmãos Andradas e os Cavalcanti

Formavam o novo gabinete imperial

Seu partido de Liberal, só tinha o nome

Era discricionário, predominante

O cacete, era o regime eleitoral

Nas eleições realizadas seu cognome



Os partidos Conservador e Liberal

Tanto um como o outro eram integrados

Pelos grandes proprietários escravistas

Cujo interesse recíproco unilateral

Era antidemocrático e irracional

Imotivado de idéias progressistas



Entre ambos, não havia diferenças profundas

Já que as duas correntes concordavam

Manter a monarquia e o regime servil

E apesar de tamanhas barafundas

Liberais e Conservadores se revezavam

Na presidência dos ministros do Brasil.



O ministério mais eficaz da monarquia

E o que mais consolidou a política

Centralizadora, foi o de Olinda

Aquele que o tráfico negreiro suspendia

Com lei que impôs ao tráfico, malgrado a critica

A monocultura cafeeira florescia.



Nesse mesmo ano de mil, oitocentos e cinqüenta

Nosso Código Comercial foi promulgado,

Vigorando até hoje em nossos Tribunais

Neste reinado, novo horizonte se apresenta

Dois anos depois o telégrafo instalado

Em seguida a primeira estrada de ferro brasileira



Um novo horizonte se descortinou neste reinado

Com a extinção do tráfico o fluxo de capital

Passou a ter outra demanda na economia

Em atividades financeiras e de mercado

Acentuado aumento na produção industrial

Com a aplicação dos recursos sem tirania



Dir-se-ia que um novo país despontava

Mas mesmo assim, os conchavos e intrigas

Fomentavam sob influência da facção áulica

Face à supressão do tráfico iniciada

As aguerridas oposições inimigas

Despontavam nos deputados a futrica



A razão era simples, toda a economia

Desde a época colonial estava pautada

No trabalho escravo e deste prescindia

Só a Lei Euzébio de Queiroz reprimiria

O tráfico negreiro, no clamor duma virada

Entre conservadores e progressistas



Após o malogrado gabinete Zacarias

No segundo, impondo ares de moral e justiça

Aposentou velhos ministros da alta corte.

Pela abolição gradual da escravatura

A situação se agrava e incita a guerra

No Uruguai, prelúdio da do Paraguai



Estendeu-se a monocultura cafeeira,

Do vale do Paraíba ao Rio e Minas,

Mas a florescente lavoura prescindia

Da mão de obra escrava e costumeira

Gerou insurreição, a quebra de rotinas

Em lutas partidárias, repúdio maior



À monarquia.; em prol d’idéias liberais

Que varriam a Europa no século XIX

A favor da república e reforma total

Num Manifesto, que se opunha aos reais

poderes pessoais do Imperador, remove

Sob os efeitos da guerra do Paraguai



Aos 3 de dezembro de 1870 é publicado

O manifesto de mudança republicano

De não pela resolução, mas pela evolução

O ministério São Vicente é derrubado

pelos liberais. Mas a situação decano

Com Rio Banco manteve a mesma situação



Em maio de 1875, quando era

Vista a situação em franco progresso

Deteriora-se com a crise bancária

Uma terrível seca, grave e mortífera

Com perdas de homens, recursos e preços

Impelindo os nordestinos a outra área



Evidentes sinais que chegava ao fim.

A crise prolonga-se até 1886

Quando em Londres o país faz empréstimos

Porém, já tarde de mais para o festim

O prestígio do monarca começa a declinar

Com acirradas críticas aos seus préstimos.



Na última década do governo de Pedro II

O poder monárquico teve dez governos

Com pontos de vista diversos ou opostos

E houve quatro legislaturas no período

As três primeiras autorizavam nada menos

Que dissolver a câmara. A quarta perdia posto



Impedida pela implantação da república.

Nos dois últimos anos que a antecederia,

Ficou o Imperador gravemente doente

Embarca para a Europa deixando pública

Na regência a princesa Isabel, assumia

Decretou a Lei Áurea, escravidão não consente



A situação, passada a onda de euforia

Ganha corpo a campanha republicana

Medo do reinado da princesa e Conde d’Eu

O prenúncio do terceiro Reinado, seria.

Com a ausência de Dom Pedro sobe a gana

Dos que se batem contra o emperro do regime.



Aos vinte e dois de agosto de 1888

Regressa D. Pedro II da Europa

E é recebido sob acolhida triunfal

Calorosa manifestação, o povo afoito

Dava mostras de fidelidade e toda tropa

Mostrava adesão e aplausos sem igual



Dom Pedro não era mais o mesmo homem

Cioso de seu poder e diligente

Como sempre foi antes de adoecer

Por sua vez a libertação dos escravos

Gerou insatisfação nos fazendeiros

Os militares também estavam descontentes



A supremacia do poder civil ao militar

A oficialidade não via com bons olhos

Os primeiros sinais foram as punições

Aplicadas ao coronel Alexandre Vilar

Em seguida ao tenente–coronel Madureira

E ao coronel Ernesto Cunha Matos



Esse reflexo gera mal-estar e o senado

Em manifesto do Visconde de Pelotas

E do Marechal Manuel Deodoro da Fonseca

Exprimem desapontamento, dão o recado

E mostras da força do exército em suas botas

E o Clube Militar ficou levado da breca



No ministério Visconde de Ouro Preto

Novos incidentes entre militares e governo

Acusando aqueles de insubordinação

E de incidente em incidente chega outubro

Quando se iniciaram as articulações

Entre militares descontentes e republicanos



A exaltação militar expandia-se

Nada os intimidava o desafio lançado

Benjamin Constant procura atrair

Deodoro, para o golpe finalizar-se

Presidente do Clube Militar a seu lado

O grosso da tropa poderiam atrair



Foram recebidos por Deodoro em sua casa

Quintino Bocaiúva, Francisco Glicério,

Aristides Lobo e também Rui Barbosa

Deodoro mostrou-se esquivo e reservado

Por derradeiro, acabou levando a sério

Na revolta sua missão seria a militar



E, assim, quatro dias depois o exército

Aos 15 de novembro de 1889

Sob o comando de Deodoro da Fonseca

Em nome daquele, da armada o do povo

Pôs fim à monarquia e ao Império

Com a proclamação da República







Poesia em elaboração (até à república) 23/04/2007



São Paulo, 14 de abril de 2006

Armando A. C. Garcia



E-mail: armandoacgarcia@superig.com.br
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