MEU DIA
Paulo nunes batista
Meu dia, às vezes, passa tão de manso,
que nem lhe noto os fatos e acidentes.
Comparo esses meus dias a repentes,
que vou compondo e de que não me canso.
É como água de rio sem remanso,
que desliza no leito suavemente.
Borboletas pousando docemente
ou valsa lenta que sonhando danço.
De repente, lá surge a tempestade.
E o dia, que era calmo, então se agita
em cachoeiras de intranqüilidade.
Mas, depois disso, volta a santa calma.
E vou rolando assim, face bendita,
a refletir a paz que sinto na alma.
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