Cresce o tempo neste longevo pensar e
envelhece as minhas carquilhas
 .; quase obsoletas narrando
 .; um abismo no olhar!
Horas a fio!
Sentido sentindo
 .; sentimentos sorvidos na
palma da mão e enrolados dentro da
 .; tulha que traduz não ser aquilo que ressente
 .; o sinal de adeus acenado com o suspiro ofegante!
Nasce outro tempo!
Tempo temporizando o matar do tempo
na cruel navalha que não sangra pelo corte que faz,
mas pelo medo que provoca toda vez que ameaça cessar!
Vida!
Tempo!
Tempo de vida!
Vida do tempo!...
Em mim!
Em nós!
Dois mundos em um só tempo
 .; da vida vivendo para morrer a vida do tempo!
©Balsa Melo
05.04.06
Cabedelo - PB
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