No Olho da Alvorada
Paulo Nunes Batista
É no olho da Alva: o dia nasce
todo emperiquitado. Um novo dia
de sonho, de esperança, de poesia
em que Deus Nossinhô nos mostra a Face.
Viajo sempre de 1ª classe
nos navios do mar da Fantasia.
Exploro os horizontes da magia,
tão leve e azul como se fosso um passe.
Sinto que sou meu próprio cicerone.
Vigia vigilante, atento, insone
que se posta a esperar a Madrugada.
E às vezes, no alto de meu sonho enorme,
alguém, dentro de mim, cochila e dorme
surpreendido no olho da Alvorada.
Anápolis, 01-XI-2004
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