Ao mitológico mundo nórdico me transporto.
Meu Loki interno eternamente a enganar.
Um engodo, viscum inconsciente, sempre encontra.
Meu lado, homem cego, atira a flecha e mata.
Baldur meu lado inocente, belo e luminoso.
Memória da idéia original da perfeição.
Rompido o equilíbrio balança-se Igdrasil.
Perdido no mundo, o brilho, a beleza e o encanto.
Desço com Frigga e adentro o mundo de Hell.
Suplico arrependido pela volta de Baldur.
Mas dual e confuso meu lado Loki não chora.
Sou cúmplice, culpado confesso, da imperfeição.
Participo do funeral de Baldur, conduzo seu cadáver.
Seu navio, transformado em pira fúnebre, vaga no mar.
Por sorte nossa o vento amigo espalha suas cinzas.
Partículas delas permanecem em cada coisa e em ti
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