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cronicas-->Efeito Tribalista (Leia antes de ir para a balada!) -- 11/11/2003 - 20:25 (((((EU SOU DO SUL))))) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
OBS: Recebido por e-mail


>Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates,
>Levanta os braços, sorri e dispara: "eu sou de ninguém, eu
>sou de todo mundo e todo mundo é meu também". No entanto, passado o
>efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da
>geração "tribalista" se dirigem aos consultórios terapêuticos,
>ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e
>reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas,
>descaso e rejeição.
>A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu.
>Beijar na boca é bom? Claro que é! Se manter sem
>compromisso, viver rodeado de amigos
>em baladas animadíssimas é legal?
>Evidente que sim. Mas por que reclamam depois?
>Será que os grupos tribalistas se esqueceram da
>Velha lição ensinada no colégio, onde "toda ação tem uma reação".
>Agir como tribalista tem consequências, boas e ruins,
>como tudo na vida.
>Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo,
>beijar de língua, namorar e não ser de ninguém.
>Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele,
>os ingredientes vão além do descompromisso,
>como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte,
>não saber se está namorando mesmo depois de
>sair um mês com a mesma pessoa, não se
>importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc.
>Embora já saibam namorar, "os tribalistas" não namoram.
>Ficar, também é coisa do passado. A palavra de
>ordem hoje é "namorix". A pessoa pode ter um,
>dois e até três namorix ao mesmo tempo.
>Dificilmente está apaixonada por seus
>namorix, mas gosta da companhia do
>outro e de manter a ilusão de que não está sozinho.
>Nessa nova modalidade de relacionamento, ninguém pode se
>queixar de nada.
>Caso uma das partes se ausente durante uma semana,
>a outra deve fingir que nada aconteceu,
>afinal, não estão namorando. Aliás, quando foi que se
>estabeleceu que namoro é sinónimo de cobrança?
>A nova geração prega liberdade, mas
>acaba tendo visões unilaterais.
>Assim como só deseja "a cereja do bolo tribal",
>enxerga somente o lado negativo das relações mais sólidas.
>Desconhece a delícia de assistir um filme
>debaixo das cobertas num dia chuvoso
>comendo pipoca com chocolate quente,
>o prazer de dormir junto abraçado, roçando
>os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor.
>Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser
>cuidado por ele, é telefonar só para dizer boa noite,
>ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas,
>transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné,
>um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas,
>enfim, é ter alguém para amar.
>Já dizia o poeta que "amar se aprende amando" e se
>seguirmos seu raciocínio, esbarraremos na lição que
>nos foi passada nas décadas passadas:
>relação é sinónimo de desilusão.
>O número avassalador de divórcios nos
>últimos tempos, só veio a confirmar essa
>tese e aqueles que se divorciaram (pais e mães dos adeptos do tribalismo),
>vendem na maioria das vezes a idéia de que casar é um péssimo negócio
>e que uma relação sólida é sinónimo de frustrações futuras.
>Talvez seja por isso que pronunciar a palavra
>"namoro" traga tanto medo e rejeição. No entanto, vivemos em
>uma época muito diferente daquela em que nossos pais viveram.
>Hoje podemos optar com maior liberdade e não
>somos mais obrigados a "comer sal junto até morrer".
>Não se trata de responsabilizar pais e mães, ou atribuir
>um significado latente aos acontecimentos vividos e assimilados na infància,
>pois somos responsáveis por nossas escolhas, assim como o que
>fazemos com as lições que nos chegam.
>A questão não é causal, mas quem sabe correlacional.
>Podemos aprender amar se relacionando.
>Trocando experiências, afetos, conflitos e sensações.
>Não precisamos amar sob os conceitos que nos foram passados.
>Somos livres para optarmos. E ser livre não é
>beijar na boca e não ser de ninguém.
>É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento...
>É arriscar, pagar para ver e correr atrás da felicidade.
>É doar e receber, é estar disponível de alma, para que as
>surpresas da vida possam aparecer.
>É compartilhar momentos de alegria e buscar tirar
>proveito até mesmo das coisas ruins.
>Ser de todo mundo, não ser de ninguém, é
>o mesmo que não ter ninguém também...
>É não ser livre para trocar e crescer... É estar fadado ao
>fracasso emocional e à tão temida solidão.
>
>
>Mónica Montone, 24 anos
>Estudante de Psicologia e poeta
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