Quanto de incerteza azul,
Passa no aguçar dos meus olhos.
Que dançam nestas tuas curvas,
E são molhados pela saudade.
Quanto de vento e brisa!
Será preciso para esse teu pano.;
Para que as horas passem,
E o tempo não seja um peso
Prolongando essa viagem.
Como fazer esse cais ficar bem perto,
Se a distância é a medida,
Presumida dessa minha paixão.
Um ponto no infinito, uma dor no coração.
Que dói por cada estrela.
Que dói pela bruma presa,
Nesses meus olhos cansados.
Que só aguardam o seu amor...
Uma morte em cada momento.
Uma esperança em cada nascimento.
De uma luz no horizonte.
Aonde finalmente você pode estar.
A minha espera como sempre.
Mesmo que de mim, só chegue à alma.
Pois o corpo foi consumido
Na longa pausa, de uma noite tão distante.;
Sob o luar, de todos os navegantes.
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