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Cartas-->QUANDO UM DIA ME LERES... (ao meu neto de 4 anos) -- 10/06/2003 - 14:24 (Gabriel de Sousa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nos últimos anos, por todo o mundo, assistiu-se ao desenvolvimento da ciência em todas as suas vertentes, ao mesmo tempo que a cidadania entrava em crise profunda.
Cada um só olha para si, para os seus problemas... Fazendo apenas aquilo que é seu dever/obrigação (e nem sempre...), o homem neglicencia paradoxalmente os seus direitos e não usufrui portanto da essência total da cidadania.
A cidadania não tem aliás um conteúdo fixo: tem o seu significado original, a que se vem acrescentando uma longa série de traços, segundo a evolução social ao longo dos tempos.
Juridicamente, cidadania pode ser definida como o usufruto dos direitos cívicos ligados à nacionalidade. Dispomos por exemplo do direito de votar e ser eleitos, e igualmente estamos submetidos a determinados deveres, normalmente consagrados em leis.
A definição de cidadania está ligada à ideia de nacionalidade e de democracia, mas até isto está a mudar. Fala-se já em «cidadania europeia» e em «cidadãos do mundo»...

Quando me leres, João, talvez eu já cá não esteja. Gostaria que compreendesses que a CIDADANIA está dentro de nós e não basta ser decretada por lei. É dentro de nós próprios que temos de encontrar os recursos para a transformar numa coisa VIVA.
Posso dar-te alguns exemplos: todos sabemos que devemos seguir determinadas regras de civismo, mas não basta sabê-lo. É NECESSÁRIO PRATICÁ-LO. Todos temos de trabalhar, mas não unicamente para receber o salário ao fim do mês. Devemos trabalhar com entusiasmo e interesse... Dar o nosso melhor e, claro, paralelamente com esse dever, exercer o direito de reclamar as condições necessárias para a sua prática, bem assim como a sua justa remuneração. NÃO ESQUECER QUE A CADA DIREITO, CORRESPONDE QUASE SEMPRE UM DEVER.
Temos o direito de expor as nossas razões, mas temos o dever de o fazer de modo correcto. Temos o direito de falar, mas temos o dever de saber escutar e respeitar os outros. Devemos usufruir da nossa liberdade, mas devemos saber onde começa a liberdade dos outros.
Quando há eleições, sejam elas quais forem, temos o direito de votar, mas temos o dever de o fazer MESMO, de exercer efectivamente este direito de cidadania.
Quando há algo que não está bem no nosso prédio, na nossa cidade, no nosso País, no Mundo, temos o direito de o apontar, MAS TEMOS O DEVER DE, DENTRO DAS NOSSAS POSSIBILIDADES, FAZER ALGO PARA MUDAR A SITUAÇÃO.
Exercer o direito de cidadania, obriga-nos ao dever de cooperar, cada um no âmbito da sua actividade e na medida das suas possibilidades. A começar por nós, no nosso condomínio, na nossa autarquia, no nosso País e continuando, se possível, pela Europa e pelo Mundo.
No mundo global em que vivemos, tudo diz respeito a todos. ABSTENÇÃO É DESINTERESSE, ABANDONO E EGOÍSMO...

Saibas tu, João, exercer a tua cidadania! Lembra-te do avô quando leres este texto e contribui para melhorar a Vida. Ela não se esgota em nós próprios. Diz respeito a todos os que nos rodeiam. Quanto maior for o círculo em que tentares actuar, melhor cidadão serás. NUNCA ESQUEÇAS OS TEUS DIREITOS (e utiliza todos os modos legais para os manter ou conquistar), mas sobretudo NÃO IGNORES OS DEVERES QUE TENS PARA CONTIGO E PARA COM OS OUTROS!
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