Talvez sim, talvez não
Paulo Nunes Batista
pnbpoeta@brturbo.com.br
Nesta última página, devia
escrever algo ungido de Ternura,
que tivesse esse aroma de Doçura
e esse gosto inefável de Poesia.
Faltam-me entanto as Asas da Magia
para alcançar no sonho a Luz mais Pura.
E sempre sobram uns restos de Amargura
para empanarem as graças da Alegria.
Talvez eu seja aquela sombra inútil,
um gesto à toa, uma palavra fútil,
um vaga-lume em plena escuridão.
Mas, fico assim, a cogitar-me às vezes,
no reticenciar
talvez que seja assim... mas, talvez não...
Anápolis, 18/12/2004
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