USINEIRO,
que fases!
USINEIRO,
que fazes?
USINEIRO,
que fé ainda te conduz
por entre penas, às dúzias,
e o mais das vezes
incapazes?
USINEIRO,
que estranho itinerário
ora perfazes!
E vozes se levantam
de afoitos e fogosos
capatazes,
presuntos zeladores
do caos,
em nada perspicazes.
USINEIRO,
que fusos confusos,
que avisos difusos,
que lusos utentes
evocam outros usos?
E os há descontentes
e contentes!
Se há vozes de tripeiros já,
como não predizer a invasão
dos perigosos alfacinhas?
E o USINA
vê ampliarem-se os horizontes,
com os rabiscos que Portugal
nos traz aos montes!
E esses abusos
de pseudo-ibérico energúmeno,
mais um, é corja, é súcia?
Toureiros lesos em peleja
com baratas de pelúcia!
Tintas de erudição, voilà!
Como já as vimos, tantas,
tontas!
USINEIRO,
vê bem quem se vale,
das sempre vis
e veludosas vozes!
Que vasos
darão conta
de volumes tão atrozes?
Dos merengues parnasianos,
dos reclamos benemerentes,
nesse balcão esquisito
de troços meio a esmo?
E sempre, sempre mais,
sempre muito mais do mesmo.
USINEIRO,
que fartum!
USINEIRO,
Que fezes!
|