PORTA DO CÉU
Dedico a amiga Aparecida Garrastazzu, que quase
diariamente me oferece a graça de sua visita.
Somos acordes sagrados
transformados em músicas
pisando neste chão.
Somos do mesmo fogo da paixão
que gritamos por guerra, paz,
ódio e amor.
Somos luzes no túnel da escuridão, lamparinas
acesas que nunca se apagarão.
Somos metamorfoses errantes, concertantes e andantes.
Mesmo que o sol venha escurecer, e o céu não
volte a ter luz, a sorte é lançada a todos, mas não é
para a todos.
As cartas estão na mesa. Existem cartas marcadas e
cartas não marcadas, e o jogo está para quem quer
ganhar.
O jogo da vida sempre existirá, ou se ganha, ou se
perde...
Mas, temos que lutar, e continuar o caminho!
Somos espelhos ainda inteiros chamados a bater
na porta do céu.
Batei-vos na porta sagrada !
Batei-vos sem cessar!
Não desistam, insistam, batam que a porta abria-se-á!
E antão, verão a porta do céu se abrir,
e ouvirão uma voz muito forte dizendo:
- Entrem, entrem, diz Deus.
- Na minha casa há muitas moradas.
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